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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Ato na Candelária, na quinta-feira, vai exigir a punição dos assassinos de Mãe Bernadete e o fim da violência policial

Na quinta-feira (24/8) será realizado protesto na Candelária, a partir das 16h. A manifestação vai exigir o fim da violência policial e de Estado que vitima o povo negro em favelas e periferias.

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“No Rio de Janeiro a violência contra a população também tem aumentado. É o estado em que mais a polícia mata.
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Por isto é importante o comparecimento da nossa categoria neste ato que é nacional”, afirmou Osvaldo Mendes, diretor da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.
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O dirigente frisou a necessidade de cobrar a punição pela morte de Emily, Rebeca, Ketlin, Thiago e Eloá.
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O ato, que conta com o apoio do Sindsprev/RJ, centenas de outras entidades sindicais, do movimento negro, de mulheres e amplos setores populares, também vai cobrar a rigorosa apuração do assassinato da líder quilombola Bernadete Pacífico, assassinada no dia 17 de agosto dentro de casa no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho (BA).

O protesto integra a Jornada Nacional de Luta Pelas Vidas Negras, mobilização para denunciar e reagir contra os mais recentes episódios de violência policial e assassinatos de pessoas negras no Brasil. Já estão confirmados atos na mesma quinta-feira cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Brasília, Vitória, entre outras capitais.

Violência só aumenta

Em 2017, o filho de Bernadete, Binho do Quilombo, liderança da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), também havia sido assassinado na mesma localidade. Desde então, Mãe Bernadete vinha lutando para ver solucionada a morte do filho, até hoje sem reposta da justiça, e se tornou uma expressiva liderança na luta contra a intolerância religiosa e pelos direitos do povo negro e dos quilombolas.

A data será a primeira ação de uma jornada de lutas que se estende até o 20 de Novembro e também é uma homenagem a Luiz Gama, advogado, abolicionista e precursor da luta antirracista no Brasil, cujo aniversário de morte, 24 de agosto, já conta com atividades e ações por todo o Brasil.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou o assassinato da liderança quilombola e mãe de santo Maria Bernadete Pacífico, Mãe Bernadete, ocorrido no último dia 17, no Quilombo Pitanga dos Palmares, município de Simões Filho (BA). Para a entidade, o Estado deve investigar o ocorrido “de forma imediata e diligente, com perspectiva étnico-racial e de gênero”.

“CIDH urge ao Estado sancionar os responsáveis materiais e intelectuais e considerar como motivo do assassinato o papel que ialorixá Bernadete possuía como defensora dos direitos das pessoas afrodescendentes”, diz a entidade, em publicação nas redes sociais, neste sábado (19).

Mãe Bernadete era integrante da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ) e ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho. Ela foi morta a tiros em sua casa e terreiro religioso, enquanto assistia televisão com dois netos e mais duas crianças.

Com informações do Sepe/RJ.

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