Comerciantes e feirantes do Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, em São Cristóvão, na Zona Norte, estão se mobilizando contra a intenção da Prefeitura do Rio de privatizar aquele espaço e assim descaracterizar suas tradições, cultura e costumes.
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No último dia 25/4, eles fizeram manifestação de protesto, alegando não terem sido consultados sobre o Edital publicado em 20 de abril deste ano.

Segundo denúncias dos manifestantes, o Edital prevê a demolição das áreas internas que, na feira, concentram atualmente bares alternativos e karaokês. Outro objeto de demolição é a chamada Praça do Repentista, um dos locais clássicos e únicos no Rio para apresentação do repente.

Outra ameaça contida no Edital, também segundo os manifestantes, é a possibilidade de despejo de feirantes que não “se adequarem às normas da nova administração” no prazo de 180 dias.
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A suspeita dos manifestantes é de que a Prefeitura tente construir um shopping center no lugar do Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, o que seria inaceitável.

Em declaração à reportagem do jornal O DIA, o comerciante Flávio Fárney da Silva Xavier, 61 anos, do Conexão Mandacaru, restaurante nordestino do local, manifestou temor pela construção de um shopping. “Essa licitação exclui a cultura, as tradições e os costumes.
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Em um futuro próximo é capaz de construir um shopping aqui, porque a empresa vai cobrar taxas altíssimas dos feirantes e a gente não vai conseguir sobreviver”, explicou.

A manifestação do dia 25/4 reuniu mais de 500 pessoas, segundo reportagem de O DIA, e contou com panelaços e muito barulho em frente ao Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas.