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sábado, novembro 23, 2024
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Em ato no HFB, profissionais da enfermagem responsabilizam Congresso por impasse sobre o piso

Profissionais de enfermagem das redes federal, estadual e municipal de saúde do Rio protestaram, na manhã desta terça-feira (21/3), em frente à entrada principal do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB). O objetivo foi exigir a efetivação imediata do piso salarial da categoria, aprovado ano passado pelo Congresso Nacional.

Em greve por tempo indeterminado desde o dia 10/3, os profissionais têm feito mobilizações semanais para chamar a atenção da sociedade sobre a questão do piso e outras reivindicações, como melhoria das condições de trabalho e a necessária valorização profissional.

Com presença de servidores do Into, Hospital Federal Cardoso Fontes, Hospital Federal de Ipanema, Hospital Estadual Carlos Chagas, Hospital Municipal Lourenço Jorge e Hospital Municipal Salgado Filho, além do próprio HFB, a manifestação foi marcada por duras críticas à omissão do Congresso Nacional na busca de solução para o impasse sobre as fontes de financiamento do piso da enfermagem.

Ato foi marcado por muitas críticas à omissão do Congresso Nacional na questão do piso. Foto: Mayara Alves.

“Não podemos mais ficar acomodados atrás do nosso balcão. A prefeitura do Rio e os patrões do setor privado querem judicializar a greve e acusam o nosso movimento de estar inviabilizando a realização de cirurgias e outros atendimentos, o que é uma falácia. Devido a uma atitude eleitoreira e oportunista do Congresso Nacional, a lei do piso ainda não tem eficácia. Por isso temos que fortalecer as nossas mobilizações, para que a lei do piso não vire letra morta”, afirmou Cristiane Gerardo, dirigente do Sindsprev/RJ.

“Para arrancarmos qualquer coisa dos governos, tem que haver mobilização.

Tem que haver a compreensão de que esta luta é de todos os profissionais da enfermagem. Quem não participa da luta não pode dizer que não acredita na possibilidade de vitória. Tudo o que conseguimos em nossos contracheques foi sempre o resultado de muitas mobilizações e enfrentamentos. Ou pagam o nosso piso, ou paramos o Brasil”, completou Sidney Castro, também dirigente do sindicato.

Durante toda a manifestação, profissionais da enfermagem denunciaram, mais uma vez, casos de assédio e pressão de chefias contra a greve. Em relação a este ponto, Sidney Castro fez um apelo aos servidores.

“Peço a todos os servidores que estão sendo pressionados a não aderir à greve que denunciem o ocorrido. Procurem o Sindsprev/RJ. Não aceitem assédio”, frisou ele, antes de os profissionais da enfermagem saírem em passeata que contornou o quarteirão imediatamente ao lado do Hospital de Bonsucesso, retornando pela Av. Brasil.

No Rio de Janeiro, após três audiências realizadas na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ), as organizações sociais (O.S.) e a prefeitura do Rio, por meio da empresa RioSaúde, continuam intransigentes e negando-se a reconhecer o piso como um legítimo direito de todos os profissionais da enfermagem.

Nesta quarta-feira (22/3), a partir das 10h, acontecerá a quarta audiência pública na sede do TRT-RJ. A audiência será acompanhada por uma vigília dos profissionais da enfermagem do Rio de Janeiro.

Enfermagem exige respeito e pagamento do piso. Foto: Mayara Alves.

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