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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Governo Bolsonaro acelerou desmonte sem precedentes da Petrobras, maior estatal brasileira

Levantamento produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgado pelo jornal Brasil de Fato constata o desmonte da Petrobras, maior estatal brasileira, ocorrido na última década e intensificado durante o governo Bolsonaro.

Segundo o Dieese, de 2013 a 2022 a Petrobras vendeu 94 ativos (80 no Brasil e 14 no exterior), totalizando 59,8 bilhões de dólares – ou seja, mais de R$ 300 bilhões na cotação atual da moeda norte-americana. A maioria desses ativos — cerca de 63 — foram privatizados durante o governo Bolsonaro, que vendeu a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, ao fundo Mubadala Capital, em dezembro do ano passado, por metade do preço de mercado, segundo avaliações do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). O cálculo serviu de base para uma denúncia da Federação Única dos Petroleiros (FUP) ao Tribunal de Contas da União (TCU).

No entanto, o caso foi arquivado por aquele tribunal.

Ao tomar posse da RLAM, o fundo Mubadala fez reajustes sucessivos de preços da gasolina e do diesel, tornando a Bahia o estado onde o combustível é o mais caro do país.

No momento, quatro refinarias da Petrobras estão à venda: Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco; Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais; Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná; e Refinaria Alberto Paqualini (Refap), no Rio Grande do Sul.

O processo de venda de três delas (Rnest, Regap e Refap) foi reaberto em julho deste ano, meses antes da eleição presidencial.

O ministro da economia, banqueiro Paulo Guedes, já manifestou a intenção de privatizar completamente a Petrobras, caso Bolsonaro seja reeleito.

No governo Bolsonaro, a gasolina chegou a acumular alta de 69%, de acordo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) tabulados pelo Observatório Social do Petróleo (OSP). O aumento foi registrado entre janeiro de 2019 e julho deste ano, antes do corte de impostos sobre o combustível definido pelo Congresso Nacional.

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