O Sindsprev/RJ convida os servidores e servidoras do INSS para a próxima reunião da categoria, que será realizada no dia 3/3, a partir das 18h, por meios virtuais. Na pauta: informes sobre os indicativos do Encontro Nacional dos Trabalhadores do Seguro Social; alterações nos processos de trabalho do INSS; campanha salarial dos servidores públicos federais e indicativo de greve.
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O INSS já vive uma situação de colapso iminente, marcada pelo sucateamento de suas estruturas e pelo já crônico déficit de pessoal, estimado em cerca de 27 mil servidores. Na prática, o funcionamento da autarquia tende a ficar ainda mais inviabilizado após o corte orçamentário de R$ 988 milhões promovido pelo governo Bolsonaro no orçamento do instituto para este ano, prejudicando milhões de segurados em todo o país.
A tão prometida agilidade nas análises de concessões de benefícios — por meio da digitalização de processos e do aplicativo ‘Meu INSS’ — mostrou-se uma ficção. É que, além da falta de pessoal, essa fantasiosa política do governo nunca levou em conta os altíssimos níveis de exclusão digital vigentes no Brasil.
Exclusão digital de segurados do INSS
Segundo pesquisa sobre uso da internet durante a pandemia, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, o telefone celular foi o principal dispositivo usado para acompanhar atividades remotas, sobretudo nas classes D e E, somando 54% deste segmento da população. Desse total, 36% tiveram dificuldades para executar atividades remotas, sobretudo devido à baixa qualidade da conexão à internet, evidenciando assim um grande quadro de exclusão digital.
Outro problema é que, com a implantação do INSS Digital e o uso de tecnologias informacionais, vêm ocorrendo alterações significativas nos processos de gestão e controle das tarefas exercidas pelos trabalhadores e trabalhadoras do INSS.
Tais modificações são apresentadas pelo governo como se fossem a “solução” para a vacância de mais de milhares de servidores(as). A realidade, no entanto, mostra que a digitalização e a organização do trabalho baseada em metas quantitativas de produtividade, programas de gestão e a instituição de novas modalidades (teletrabalho, semipresencial) não resolveu os problemas estruturais na autarquia. Ao contrário, a adoção dessas estratégias tem gerado cada vez mais denúncias de esgotamento físico e mental, jornadas extenuantes e assédio moral.
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