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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Cláudio Castro e Paes ampliam privatização da saúde, ao entregar Rochinha à Viva Rio

Na manhã da última quarta-feira (8/12), os servidores do Ambulatório Almir Dutton, unidade da rede estadual de saúde conhecida como “Rochinha”, foram pegos de surpresa, sendo despejados pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Móveis, insumos e equipamentos foram retirados, embalados e colocados às pressas num caminhão. Era mais um passo na privatização total da saúde pública estadual, tendo como intermediária a Prefeitura, responsável pela contratação da empresa Viva Rio, que se apresenta como organização social. A empresa será a nova responsável pela gestão do Almir Dutton, com liberdade para contratação de pessoal e a compra de móveis e equipamentos, sem licitação.

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A alegação da Prefeitura é a de que o posto de saúde foi desativado para passar a atender exclusivamente a pacientes com influenza, doença que se tornou epidêmica no Rio de Janeiro. O Rochinha pertence ao estado e presta atendimento odontológico, com cirurgias de buco-maxilo, a pacientes com necessidades especiais, pediatria, ginecologia, dermatologia, gastroenterologia, nutricionista e homeopatia.

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Tem pacientes agendados até fevereiro do próximo ano.

Para a diretora do Sindsprev/RJ, Clara Fonseca, a desativação é absurda já que a Prefeitura tem unidades próprias para atender pacientes com influenza, o que faz o caso soar ainda mais estranho. “É um absurdo também por se tratar de uma das poucas unidades que presta serviço de buco maxilo a crianças e adultos com problemas neurológicos crônicos que têm que ser sedados para passar pelo procedimento”, disse.

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Lembrou que, além disto, a desativação é completamente ilegal, já que não foi aprovado, nem discutida pelo Conselho Distrital de Saúde (AP 5-2), ou pelo Conselho Estadual de Saúde. “Atropelaram a lei para ampliar a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS)”, denunciou.

Viva Rio

Os equipamentos do posto do Rochinha são novos e sua estrutura está em perfeitas condições. Isto porque havia sido abandonado e ameaçado de fechamento pelo governo anterior e, graças à luta do Sindsprev/RJ e da Associação dos Servidores do Hospital Eduardo Rabello (pertencente ao Iaserj) e do ex-Hospital Estadual Rocha Faria (municipalizado) foi reaberto e reequipado em 2014. Segundo informações da Prefeitura, os equipamentos estariam sendo levados para o Eduardo Rabello.

Quem passaria a administrar o posto seria a Viva Rio, um grupo empresarial travestido de organização social. Ou seja, o posto seria privatizado para beneficiar o grupo, um potencial financiador de campanha eleitoral. A mesma OS é suspeita de envolvimento em um esquema de favorecimento na administração do Hospital Oceânico, privado, alugado pelo prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT) por R$ 4, 8 milhões, fora os mais de R$ 84 milhões pagos à Viva Rio, administradora do Oceânico.

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