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domingo, novembro 24, 2024
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Governo da morte: Bolsonaro veta projeto que facilitaria acesso a remédios contra câncer

 

Em mais uma medida desumana, na última segunda-feira (26/7) Bolsonaro vetou um projeto, aprovado no Congresso Nacional, que facilitaria o acesso de segurados de planos de saúde a remédios orais contra câncer. O veto de Bolsonaro ao projeto, no entanto, poderá ser avaliado e derrubado pelo Congresso.

A regra atualmente em vigor prevê que, para o tratamento domiciliar, o medicamento só deve ser pago pelo plano de saúde se for aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os planos e seguros médicos. Como a ANS costuma demorar mais de um ano para rever a lista de medicamentos que os planos são obrigados a pagar, o projeto dispensava a análise desta agência, mantendo como requisito apenas a prévia aprovação da Anvisa.

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O objetivo era agilizar o fornecimento de medicamentos a pacientes com câncer, de forma a não prejudicar a efetividade de seus tratamentos oncológicos.

É justamente a urgência dos tratamentos de câncer que não foi levada em consideração no veto de Bolsonaro ao projeto. Para quem tem câncer, dependendo da gravidade e do estágio da doença, um maior ou menor tempo no fornecimento de medicações pode ser a diferença entre vida e morte.

Na “justificativa” para o veto, o governo afirmou que o texto poderia “criar discrepâncias no tratamento das tecnologias e, consequentemente, no acesso dos beneficiários ao tratamento de que necessitam, privilegiando os pacientes acometidos por doenças oncológicas”. Pura balela e falácia de um governo que jamais se preocupou com a saúde e a vida da população, haja vista o atraso nas compras de vacinas contra a covid, o que provocou a morte de muito mais pessoas pela doença.

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Os planos de saúde são os únicos beneficiados pelo veto de Bolsonaro ao projeto que poderia obriga-los a fornecer medicamentos a pacientes com câncer.

Dados da própria ANS mostram que a pandemia de coronavírus significou mais dinheiro em caixa para as operadoras de planos de saúde do Brasil. Elas não só continuam operando no azul, como viram seus astronômicos lucros aumentarem ao longo de 2020.

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Analisando apenas o segmento médico-hospitalar, a ANS constata que as operadoras tiveram um lucro líquido acumulado de 15 bilhões de reais nos três primeiros trimestres de 2020, em valores aproximados. Um resultado 66% maior que no mesmo período de 2019, quando tinham acumulado 9 bilhões de lucro, e 150% maior que nos três primeiros trimestres de 2018.

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