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sábado, novembro 23, 2024
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Explosão no número de mortes por covid leva prefeitura do Rio a restringir comércio e circulação de pessoas

No dia em que o Brasil bateu mais um triste recorde de mortos pela covid — com 1.840 óbitos contabilizados pelas secretarias estaduais de saúde em 24h —, a Prefeitura do Rio definiu um conjunto de medidas restritivas para tentar conter o avanço da pandemia no município. Entre elas, estão a proibição de funcionamento de quiosques, boates e feiras de artesanato. A permanência de pessoas nas ruas e em espaços públicos também ficará restrita no horário entre 23h e 5h, sendo permitida apenas a circulação. As medidas constam de decreto publicado no Diário Oficial e valem a partir desta sexta-feira (5/3).

Na manhã desta quinta-feira (4/3), em entrevista coletiva, o prefeito Eduardo Paes (DEM-RJ) confirmou as medidas restritivas, que devem ser adotadas até o dia 11 de março.

Segundo o decreto do prefeito, boates, casas de shows e similares não vão poderão abrir,  restrições que também valem para feirantes e feiras de ambulantes e de artesanato. As demais atividades poderão abrir para atendimento presencial, das 6h às 20h, com capacidade limitada a 40%.

As restrições não se aplicam a serviços de saúde, farmácias, postos de combustíveis, cadeias de abastecimento e logística, transportes e entregas em domicilio.

Com as 1.840 mortes registradas nesta quarta-feira (3/3), o Brasil já contabiliza 259.402 vidas perdidas para o novo coronavírus. A média móvel também bateu um novo recorde: 1.332 mortes. É o quinto dia consecutivo em que isto ocorre no país.

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O índice de mortes por covid está 29% maior que o de duas semanas atrás.

Medidas restritivas semelhantes às adotadas no Rio de Janeiro já estão em vigor ou sendo adotadas em centenas de outras cidades brasileiras, incluindo capitais.

Enquanto a pandemia explode no país, Bolsonaro recomenda spray sem eficácia

Enquanto a pandemia de covid literalmente explode e dispara em todo o Brasil e se agrava por escassez de vacinas, Bolsonaro continua comportando-se como se o país vivesse uma situação de quase normalidade. Nesta mesma quarta-feira em que a covid matou um número recorde de pessoas, Bolsonaro defendeu o uso de um spray nasal produzido em Israel como uma nova forma de tratamento da doença.

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Spray que ainda está em fase de estudos e que não tem nenhuma eficácia comprovada contra a covid.

Ao agir dessa forma, Bolsonaro repete o comportamento irresponsável que teve em relação à cloroquina, medicamento que ele “recomendou” para o tratamento da covid, embora seja uma droga comprovadamente ineficaz no combate à doença.

Se a pandemia de covid disparou em todo o país, a responsabilidade maior é do governo Bolsonaro e de seu incompetente, desinformado e irresponsável ministro da saúde, Eduardo Pazuello. Ministro que, subserviente a Bolsonaro, em nenhum momento planejou antecipadamente a vacinação da população brasileira, o que agora vem provocando um número ainda maior de mortes.

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Até o momento, foram vacinados apenas 3% dos 215 milhões de brasileiros. Especialistas e autoridades em saúde estimam que, no ritmo atual de vacinação, a população brasileira só estará plenamente imunizada ao final de 2022, o que é uma tragédia sem precedentes, com gravíssimos prejuízos para a economia e a vida social de todo o país.

Na noite desta quarta-feira (3/3), em protesto contra a irresponsabilidade do atual governo no trato da covid, houve panelaços em vários bairros de Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e São Paulo. Além de pedirem ‘vacina já para todos’, os moradores dessas capitais exigiram ‘Fora Bolsonaro’.

Pesquisa de opinião divulgada nesta quarta-feira (3/3) pelo Instituto Paraná Pesquisas mostrou que 49% da população brasileira reprova a administração do governo Bolsonaro. O índice supera o de aprovação ao atual governo, que é de 46,3%, segundo a pesquisa.

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