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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Sinasefe decide manter campanha de denúncia contra Bolsonaro, apesar dos ataques

O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação (Sinasefe) decidiu manter a campanha “Fora Bolsonaro”, cujos outdoors foram alvo de ataques de bolsonaristas. Três deles foram derrubados em Corumbá (MS), na noite do último dia 14/8. As placas trazem mensagens contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e denunciam a falta de políticas do governo federal no enfrentamento à pandemia da Covid -19. O crime ocorreu dias antes da data prevista para uma visita do presidente à cidade.

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A arte (para baixar clique aqui), disponibilizada pelo Sinasefe Nacional para todas as seções da entidade no país, traz uma imagem adaptada de Bolsonaro com uma foice, associando-o à imagem do ceifeiro da vida, com os dizeres “a morte não pode governar o Brasil. Fora Bolsonaro”. David Lobão, da coordenação-geral do Sinasefe Nacional, conta que a campanha foi inicialmente pensada pelo Sinasefe Sergipe e que, em uma plenária nacional realizada em 13 de julho, próxima à data em que o país alcançou a triste marca de 100 mil mortos, a entidade deliberou ampliar a campanha para todos os estados brasileiros.

100 mil mortes, não é normal!

De acordo com o coordenador-geral do Sinasefe, houve resistência de algumas empresas em divulgar a arte que denuncia a ausência de medidas, por parte do governo de Jair Bolsonaro, no combate à pandemia. Lobão conta ainda que o episódio em Corumbá não foi o primeiro ato de vandalismo contra a campanha. Antes, um homem já havia destruído um outdoor no Espírito Santo e chegou a registrar o ato e divulgar em sua página em uma rede social, afirmando que “não poderia permitir que mentiras fossem divulgadas”.

“Bolsonaro é responsável pela morte do povo brasileiro, por estas mais de 100 mil mortes. O Sinasefe vai continuar fazendo essa campanha, vai continuar espalhando pelo país essa denúncia: a morte não pode governar o Brasil! Cem mil mortes, não é normal”, afirmou o coordenador.

O Sinasefe registrou boletim de ocorrência dos casos do Espírito Santo e no Mato Grosso do Sul e está adotando as providências legais cabíveis. Além disso, tem dado ampla repercussão tanto aos atos de vandalismo quanto à campanha. “Nós não vamos recuar. Vamos continuar fazendo a campanha de que a morte não pode governar o Brasil”, afirma Lobão.

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Genocida

Para ele, as atitudes demonstram o desespero dos apoiadores do governo Bolsonaro, que se baseiam em argumentos falsos para justificar os ataques. “O principal argumento de quem destrói os outdoors é de que o governo federal não é responsável [pelas mortes] porque o Supremo Tribunal Federal proibiu Bolsonaro de tomar decisões, e que as decisões eram de responsabilidade dos estados e municípios. Mas não foi isso que o STF julgou. Ele não foi impedido de combater o coronavírus, ele foi impedido de proibir que governadores e prefeitos determinassem políticas de isolamento social, pois o que ele queria era bem mais danoso e poderia levar a um número muito maior de mortes, sem dúvida alguma”, afirmou.

O dirigente do Sinasefe criticou ainda a postura do presidente de ter iniciado uma agenda de viagens pelo país, provocando aglomerações nos lugares que visita.

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“É uma irresponsabilidade sem tamanho. Então, vamos continuar na nossa campanha, denunciando esse governo que é sim responsável pelas mortes, um governo com mãos sujas de sangue. E nós não teremos medo de reafirmar isso, pelos quatro cantos do país”, concluiu.

“Esse ato bárbaro é uma demonstração da ideia de “liberdade de expressão” presente entre muitos dos apoiadores desse governo. Fica clara a estratégia que será utilizada para salvar a imagem do presidente, cuja condução desastrosa de nossa crise sanitária já levou a mais de 100.000 mortes. O Sinasefe – MS repudia enfaticamente esse atentado contra a democracia e comunica que tomará todas as medidas cabíveis para que os autores dessa ação criminosa sejam identificados e responsabilizados”, declarou em nota o Sinasefe-MS.

*Com informações do Sinasefe e Andes-Sindicato Nacional.

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