Na próxima segunda-feira (27/7) a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) completaria 41 anos. E pra marcar essa data e a luta por justiça, mesmo neste ano tão difícil de se realizar comemorações coletivamente, o Instituto Marielle Franco conseguiu organizar, junto com Elza Soares, uma live-homenagem à companheira assassinada em 14 de março de 2018, em plena intervenção militar.
O show acontece na véspera, domingo (26/7), às 19h. Elza vai estar ao vivo no canal do YouTube do Instituto Marielle Franco para cantar as suas músicas mais marcantes e aquecer nossos corações.
Há mais de dois anos a vereadora Marielle Franco, do PSOL, e o motorista Anderson Gomes foram mortos no bairro do Estácio no Rio de Janeiro. Os acusados pela execução são o sargento aposentado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz, que continuam presos.
Mas faltam os mandantes. “Quem matou Marielle não foi apenas quem apertou o gatilho. Quem matou Marielle foi quem planejou a sua morte, foi quem desejou a sua morte, foi quem contratou, foi quem politicamente desejou eliminar Marielle.
É muito importante para o país saber quem mandou matar Marielle, qual objetivo político e qual a motivação”, disse o deputado Marcelo Freixo (RJ).
Morte encomendada
A polícia descobriu que Lessa pesquisou endereços ligados à vereadora e um silenciador para submetralhadora, a arma do crime. Com rastreamento de celular, os investigadores identificaram também um padrão de comportamento dele nos dias antes dos assassinatos.
“Dois anos é tempo demais. O assassinato de uma defensora dos direitos humanos tem um significado particular.
É uma tentativa de silenciar não apenas quem está lutando, mas toda uma luta”, disse Jurema Werneck, da Anistia Internacional.
Mas ainda faltam muitos esclarecimentos das autoridades para dar todas as repostas sobre o crime brutal e covarde que tirou a vida da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, e foi também um atentado contra a democracia.