No próximo dia 14 as entidades sindicais que compõem o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) reúnem-se para discutir a deflagração de uma greve geral unificada da categoria por reajuste salarial e contra o desmonte do serviço público. A primeira iniciativa será aprovar um calendário com mobilizações crescentes preparatório da paralisação nacional.
Algumas categorias já se encontram mobilizadas e promovendo assembleias nos estados para aprovar a participação no movimento. Mas é preciso unificar os servidores, não apenas os federais, mas também os dos estados e prefeituras.
Categorias em greve
Após a aprovação do Orçamento de 2022, com a previsão de R$ 1,7 bi de reajuste apenas para as forças de segurança (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional), as demais categorias começaram a reagir. A Receita Federal saiu na frente e, ainda em 2021, iniciou paralisações com entrega de cargos. Na segunda-feira (3/1), funcionários do Banco Central anunciaram a adesão ao movimento de entrega de cargos e paralisação nacional no dia 18 de janeiro. Outras categorias do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado) também vão paralisar as atividades em todo o país neste dia.
Membro do Fonasef e diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores da Previdência, Saúde e Trabalho (Fenasps), Moacir Lopes, lembrou que a pauta principal é o tratamento isonômico. “O percentual de reajuste tem que ser igual para todos. Além disto, temos as pautas específicas, no caso da previdência e saúde, concurso público, o mesmo valendo para outros segmentos. Também queremos discutir melhorias nas condições de trabalho, e o fim do desmonte do serviço público”, adiantou.
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Outros pontos são o reembolso das despesas com o trabalho remoto, com garantias de direitos trabalhistas, como o pagamento ou compensação por folga das horas extras, além do respeito à jornada de trabalho prevista no Regime Jurídico Único (seis e oito horas)”, exemplificou.
Unidade do serviço público
Outro integrante do Fonasef e coordenador-geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Toninho Alves informou, na entrevista coletiva realizada pelo Fonasefe em 29 de dezembro, que os técnicos-administrativos farão rodadas de assembleias neste mês, conforme deliberação da Plenária Nacional realizada em dezembro.
“A Fasubra realizou sua plenária em dezembro e debateu, entre outras questões, a campanha por reajuste salarial.
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Orientamos as entidades de base a discutir outras questões também, como o Decreto 10.620 e o movimento unificado com o Fonasefe. A nossa preocupação é buscar a unidade do serviço público. Foi assim que derrotamos a PEC 32. Então é fundamental que realizemos rodadas de assembleias em janeiro. A questão da recomposição salarial e outros elementos unificam os servidores. Precisamos de uma campanha que possa dialogar com todos os servidores públicos do país”, destacou.
O conjunto de servidores convive com uma inflação que corrói os salários há cinco anos e o anúncio de reajuste apenas para uma parcela do setor público foi o estopim, já que deixou a maioria do funcionalismo de fora.
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Para as categorias do Fonasefe, o processo de luta se dará em continuidade ao ocorrido contra a PEC 32 (Reforma Administrativa) que se mostrou vitorioso e a proposta não chegou a ser colocada em votação no plenário da Câmara dos Deputados. Foram três meses de mobilização com atos unificados e, por isso, as entidades apostam na Greve Geral Unificada. Uma Plenária Nacional dos Servidores Públicos será realizada no final deste mês.
Veja a coletiva na íntegra: https://www.facebook.com/Fasubra/videos/498903491509316
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