Assembleia virtual dos servidores da saúde federal realizada na noite desta quinta-feira (11 de março) aprovou a elaboração de documento contendo denúncias das principais precariedades da rede federal no Rio. O documento também vai apresentar um calendário de assembleias nas unidades da rede federal, a ser construído pelos servidores em conjunto com o Sindsprev/RJ.
“Com as assembleias, nosso objetivo é construir a necessária mobilização para barrar a destruição das unidades federais do Rio, onde o caos aumentou ainda mais após a demissão de mais 1.419 contratados, em fevereiro, o que provou novas interdições de leitos e o fechamento de CTIs e emergências. No Hospital de Bonsucesso, por exemplo, os transplantes renais e de córnea foram paralisados. A situação na rede federal é tão grave que nem mesmo a vacinação contra a covid chegou a todos os servidores. Se isto não mudar, nossa proposta será a realização de uma greve porque está impossível aos servidores o exercício de suas atividades”, explicou Sidney Castro, da direção do Sindsprev/RJ.
Como parte das mobilizações, o Sindsprev/RJ quer pressionar a 29ª Vara Federal do Rio de Janeiro a julgar a ação movida em outubro de 2020 pelo sindicato. A ação pede a concessão de tutela de urgência (liminar) para determinar a anulação do irregular certame que provocou a demissão de 3.
650 profissionais contratados da rede federal.
No início deste mês, o Tribunal de Contas da União (TCU) acolheu representação do Ministério Público Federal cobrando respostas do governo Bolsonaro sobre a situação nos seis hospitais e três institutos que funcionam no Rio.
Até o momento, porém, o Ministério da Saúde continua se comportando como se nada de anormal estivesse acontecendo, numa típica postura de quem não dá a menor importância à vida da população e dos próprios servidores.