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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Racismo: mais um jovem negro é assassinado no Rio de Janeiro

“Mais um jovem negro assassinado pelo Estado brasileiro, através do seu agente armado, que é o policial militar. Infelizmente, Hiago morre com um tiro no peito.
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E por que motivo? Porque é negro, favelado e o Estado brasileiro, último a abolir a escravatura, continua sendo racista e por este motivo vê o povo negro como um grande inimigo, desta forma, impondo o seu extermínio”. A denúncia foi feita por Osvaldo Mendes, diretor da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ, ao avaliar os motivos que levaram ao assassinato do vendedor de balas Hiago Macedo dos Santos, de 21 anos.

Jovem negro, de 21 anos, Hiago foi atingido por um disparo à queima-roupa, de um policial militar que estava de folga, à paisana, Carlos Arnaud Baldez Silva Júnior, do 7° BPM (São Gonçalo), que passava pelo local. Segundo testemunhas ele teria presenciado uma discussão entre Hiago e um cliente, na fila da Estação das Barcas, em Niterói, e se metido. Em seguida, disparou contra Hiago.

A PM divulgou uma nota vergonhosa, na qual afirma que o policial teria reagido a um roubo. Ele foi levado para a Central de Flagrantes, na Delegacia do Centro (76ª DP), na Avenida Amaral Peixoto, no Centro da cidade.

Polícia reprime protesto

Passageiros e vendedores ambulantes que atuam na região entre as barcas e o terminal rodoviário de Niterói reagiram ao ato bárbaro e imediatamente protestaram, tentando fechar o trânsito e chegando a atear fogo em um colchão na pista em protesto. A Praça Araribóia foi tomada por policiais e guardas municipais, que apagaram o fogo e reprimiram o protesto, lançando spray pimenta contra as pessoas, inclusive crianças de colo, e agredindo ao menos uma pessoa. Parentes e amigos de Hiago protestaram em seguida em frente à 76ª DP, onde está o assassino. Hiago deixa uma filha de dois anos.

Mais mortes de negros

O assassinato ocorre 12 dias após a morte de Durval Téofilo, homem negro, assassinado a tiros pelo sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, no condomínio onde moravam, em Colubandê, na cidade vizinha, São Gonçalo. No sábado, 12, um protesto na principal praça da cidade exigiu justiça para Durval e punição para o assassino, um militar da Marinha que o teria confundido com um assaltante ao chegar em casa e disparou três tiros.

Outro crime motivado pelo racismo foi a assassinato a pauladas, chutes e socos do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, morto no dia 24 de janeiro no Rio.
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Ele trabalhava por diárias em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Câmeras de tevê mostram como foi cometido o assassinato. Testemunhas disseram que Moïse apanhou de 5 homens e confirmaram que os agressores usaram pedaços de madeira e um taco de beisebol.
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