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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Projeto de deputado bolsonarista para extinguir Uerj mostra o quanto a extrema direita odeia a Ciência brasileira

Na última terça-feira (25), um projeto de lei assinado pelo deputado bolsonarista Anderson Moraes (PSL) foi protocolado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) com o objetivo de autorizar a extinção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A notícia foi divulgada pelo portal de notícias Brasil de Fato.

O texto do Projeto de Lei ainda estabelece a cessão onerosa dos bens móveis e imóveis da Uerj para a iniciativa privada. O deputado propõe também que os bens que não puderem ser vendidos sejam transferidos a outras universidades estaduais, como a Fundação Centro Universitário da Zona Oeste do Rio de Janeiro (Uezo) e a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf).

Recentemente, Anderson Moraes entrou na Uerj e arrancou uma faixa que estava afixada no Pavilhão João Lyra Filho.

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A faixa continha a seguinte frase: “Vacina no braço, comida no prato! Contra a destruição do serviço público. Fora Bolsonaro e Mourão”. O deputado postou o ato em suas redes sociais. No vídeo, ele ameaça os seguranças do campus e diz que vai arrancar qualquer faixa que tenha posições políticas diferentes das suas.

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Poucos dias depois, protocolou o projeto que pede a dissolução da Uerj.

O projeto do deputado bolsonarista expressa o ódio que a extrema direita, no Brasil e no mundo, sempre teve contra a Ciência e as universidades. Um ódio contra toda e qualquer manifestação de inteligência, como é típico do fascismo e da maioria dos apoiadores de Bolsonaro.

Para o deputado estadual Waldeck Carneiro (PT), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj, a ação de Anderson Moraes na universidade fere os preceitos de liberdade de expressão e também a autonomia universitária. Waldeck classificou o projeto de lei de “constrangedor”. “É tão estapafúrdia essa proposta que nem sei se ela deveria entrar em debate, mas, de qualquer maneira, é importante lembrar que a Uerj é uma das principais universidades do Brasil e da América Latina. A Uerj é uma glória, um orgulho para o Rio e o Brasil. São tempos muito sombrios em que se constata a possibilidade de que uma proposta como esta seja formalmente protocolada”, afirmou.

O presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), também repudiou a apresentação do projeto de lei. Nesta quarta-feira (26/5), ele garantiu que o texto não será votado.

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“Enquanto eu for presidente, não vota. É inconstitucional e isso seria atribuição do Poder Executivo”, disse, após exaltar o papel da universidade na educação brasileira.

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