Após pressão do Sindsprev/RJ e de conselhos profissionais, na tarde da última segunda-feira (20/4) o Núcleo de Gestão de Hospitais Federais do Rio revogou os efeitos da Nota Técnica nº 9/2020, que obrigava todos os servidores lotados nos hospitais federais de Bonsucesso, Andaraí, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e Servidores do Estado a utilizarem o ponto biométrico (Siref).
No ofício em que revogou os efeitos da Nota Técnica nº 9/2020, o Núcleo de Gestão de Hospitais Federais do Rio afirma ter considerado os dados divulgados pelo próprio Ministério da Saúde no último Boletim Epidemiológico, mostrando que o Rio de Janeiro consta como o segundo estado da Região Sudeste com maior número de casos confirmados (cerca 4.765), registro de 402 óbitos e taxa de letalidade de 7%, superior à média nacional (de 6,4%). Outro elemento apontado pelo Núcleo como justificativa para o recuo em sua absurda medida é o crescimento de 392% nas hospitalizações, em comparação com o mesmo período de 2019, o que significa riscos iminentes de colapso na saúde pública.
Com a revogação da Nota Técnica nº 9/2020, o Núcleo de Gestão de Hospitais Federais prorrogou por mais 30 dias a orientação de que o registro de frequência deverá ser justificado excepcionalmente, ressalvando que as chefias deverão fazer controle paralelo.
“Num momento como o da pandemia que estamos vivendo, é absurdo exigir que os servidores marquem sua frequência nas máquinas de ponto biométrico. No sábado, quando o Ministério da Saúde publicou a Nota Técnica obrigando o retorno do ponto biométrico, nós imediatamente começamos a protestar e mobilizar os servidores, alertando para o fato de que a medida ia criar aglomerações desnecessárias nos hospitais, aumentando a possibilidade de contaminação pela covid-19. Continuaremos vigilantes”, afirmou Sidney Castro, da direção do Sindsprev/RJ.