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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Passeata no Andaraí cobra de Lula, Castro e Paes o pagamento do piso da enfermagem

Indignados com as seguidas manobras dos governos Lula, Cláudio Castro e do prefeito Eduardo Paes para postergar o pagamento do piso salarial da enfermagem, profissionais da categoria da rede federal fizeram nesta sexta-feira (14/7), pela manhã, uma passeata que parou as principais vias do Andaraí e Vila Isabel. Com faixas, cartazes e segurando bexigas brancas, simbolizando a cor dos jalecos, os profissionais saíram da frente do Hospital do Andaraí, na Rua Gastão Penalva, às 10h55, após realizarem ato em frente à unidade federal.

Durante a manifestação, a diretora do Sindsprev/RJ, Christiane Gerardo, denunciou o golpe do governo Lula que, antes de pagar o piso, solicitou parecer da Advocacia-Geral da União (AGU). Segundo este parecer, a ser seguido pelo Ministério da Saúde e o da Fazenda, o piso será pago proporcionalmente à jornada de trabalho, que foi fixada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 44 horas semanais, e considerando como piso toda a remuneração, e não o salário-base.

Antes da passeata, categoria fez ato em frente ao Hospital do Andaraí. Foto: Ney.

Parar ambulatórios

“Estão dando um golpe que, na prática, acaba, de vez, com a lei do piso salarial, enganando a enfermagem. Vamos dar a nossa resposta: a enfermagem do Rio de Janeiro não vai trabalhar no atendimento ambulatorial a partir da próximo segunda-feira (17/7).

Estamos lutando há décadas pelo piso, conseguimos aprovar a lei, agora é a hora de irmos à luta para garantir a sua aplicação”, afirmou Christiane.

Os diretores Sydney Castro e Christiane Gerardo comandam assembleia que aprovou suspensão do trabalho da enfermagem nos ambulatórios, no meio da rua. Foto: Ney.

A decisão de paralisar os ambulatórios foi aprovada em assembleia feita pelos profissionais da enfermagem na Rua Barão de Mesquita, no meio do caminho de volta para o Hospital do Andaraí. Foi também decidida a convocação de uma assembleia unificada da rede federal e municipal também para segunda-feira, em frente ao Hospital Souza Aguiar.

Pela lei, o piso de enfermeiro é de R$ 4.750,00; técnicos de enfermagem R$ 3.

325,00; e de auxiliares de enfermagem e parteiras R$ 2.375,00. Pelo parecer da AGU, ou seja, do governo federal, os enfermeiros que trabalham 44 horas, receberiam o piso, mas os com jornada de 36 horas, R$3.886,36; 30 horas, R$3.238,64; e 20 horas, R$2.159,09. Já os auxiliares e parteiras, com oito horas (44 semanais) receberiam o fixado pela lei, R.

375,00; com 36 horas, R$1.943,18; 30 horas, R$1.619,32; e 20 horas, R$1.079,55.

Momento em que a passeata sai do Hospital do Andaraí. Na foto, os diretores Maria Celina e Octaciano Ramos. Foto: Ney.

Assembleia unificada segunda-feira

Diante do golpe, os sindicatos da enfermagem, Sindsprev/RJ, o dos enfermeiros e os dos técnicos e auxiliares decidiram convocar para segunda-feira (17/7), às 11 horas, uma assembleia unificada da rede federal e municipal. Dela participarão também empregados de organizações sociais e de hospitais privados.

“Vamos radicalizar a luta e fortalecer a greve em todas as unidades federais e da Prefeitura do Rio de Janeiro, mas, também, na rede privada, que foi onde começaram os ataques ao piso, através da ação dos milionários donos de grupos privados de saúde no STF”, lembrou o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Marco Schiavo.

Sidney Castro, diretor do Sindsprev/RJ, parabenizou a enfermeira da organização social SPDM, Roseane Rocha, demitia por participar da greve no CER-Centro e reintegrada pelo Jurídico dos Enfermeiros. Ela esteve presente ao ato e à passeata.

A enfermeira Roseane (ao centro) da SPDM demitida por participação na greve e já reintegrada pela Justiça. Foto: Ney.

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