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quinta-feira, novembro 21, 2024
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‘Os Condenados da Terra’, de Frantz Fanon, continua um clássico da luta anticolonialista

Um grande livro, quando contém o testemunho de um militante que viveu a história em todas as suas consequências e implicações, é uma obra que já nasce clássica.
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É este o caso de ‘Os Condenados da Terra’, de Frantz Fanon (1925-1961). Publicado em 1961, o livro tornou-se um dos textos de referência mundial do chamado ‘terceiro-mundismo’, corrente política e teórica que, nos anos 50 e 60, serviu de parâmetro para centenas de movimentos anticolonialistas e de libertação nacional, sobretudo no continente Africano.
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Tendo por escopo os dramáticos relatos sobre as consequências políticas, sociais, ideológicas e econômicas provocadas pela brutal colonização Francesa na Argélia, Frantz Fanon vai até o ponto de também analisar as devastações provocadas pela colonização e seu sistemático racismo sobre o psiquismo e a personalidade dos colonizados.

Apesar de idealizar o papel do campesinato e do lumpesinato nas lutas revolucionárias e por libertação nacional — sem dúvida um dos pontos mais discutíveis de seu texto —, Fanon promove uma dura crítica ao burocratismo e ao eurocentrismo dos partidos nacionalistas que então pretendiam ‘organizar’ e ‘liderar’ a luta anticolonial em África.

Cumpre destacar ainda o papel ‘redentor’ que Frantz Fanon atribui à violência revolucionária, no sentido de proporcionar a libertação (física, psíquica e de consciência) do colonizado em relação ao colonizador.
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Fato também evidenciado pelo conhecido prefácio de Jean-Paul Sartre à primeira edição da obra. ‘Os Condenados da Terra’ é leitura obrigatória para todos os que desejam conhecer mais sobre os movimentos de descolonização e suas perspectivas.

Uma das consequências das lutas anticoloniais foi a criação do chamado movimento dos ‘países não-alinhados’, uma associação de países formada com o aparecimento dos dois grandes blocos opostos durante a Guerra Fria (EUA X URSS). Seu objetivo era manter uma posição neutra e não associada a nenhum dos dois grandes blocos. A origem do movimento dos países não-alinhados pode ser encontrada na Conferência Ásia-África realizada em Bandung, Indonésia, em 1955. A convite dos primeiros-ministros da Birmânia (hoje Mianmar), do Ceilão (hoje Sri Lanka), da Índia, da Indonésia e do Paquistão, dirigentes de 24 países, quase todos ex-colônias dos dois continentes, reuniram-se para debater preocupações comuns e coordenar posições no campo das relações internacionais.

O então primeiro-ministro indiano Jawaharlal Nehru, juntamente com os primeiros-ministros Sukarno (da Indonésia) e Gamal Abdel Nasser (Egito), lideraram a conferência. No encontro, líderes do então assim chamado Terceiro Mundo puderam compartilhar as suas dificuldades em resistir às pressões das grandes potências, em manter a sua independência e em opor-se ao colonialismo e ao neocolonialismo.

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