Em 2021, o governo Bolsonaro reduziu em 75% o orçamento federal destinado a ações de prevenção a desastres naturais do Ministério de Desenvolvimento Regional, principal responsável por programas para conter eventos climáticos extremos. Em comparação com o ano anterior [2020], em 2021 os recursos da pasta foram reduzidos de R$ 714 milhões para R$ 171 milhões, segundo notícia veiculada no último dia 4/1 pelo jornal O Globo online.
A constatação é muito grave, sobretudo num momento em que o país é atingido por chuvas torrenciais, como as ocorridas na Bahia, onde 26 pessoas morreram e quase 94 mil ficaram desabrigadas. Tragédia que, apesar de sua dimensão catastrófica, foi tratada por Bolsonaro com absoluta indiferença.
Em nenhum momento, por exemplo, Bolsonaro cogitou a possibilidade de interromper suas inoportunas férias em Santa Catarina para prestar solidariedade aos desabrigados.
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As ações do programa de Gestão de Risco e Resposta a Desastres preveem apoio a obras preventivas, planejamento e execução de contenção de encostas em áreas urbanas, sistemas de drenagem, estudos e serviços de contenção. O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), responsável pela gestão de crise e acompanhamento das operações, também é ligado à pasta.
Orçamento do Meio Ambiente também foi menor em 2021
Da mesma forma que reduziu drasticamente o orçamento destinado a ações de prevenção a desastres naturais, em 2021 Bolsonaro também o fez em relação ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), que teve a menor previsão de recursos dos últimos 21 anos. Enviado ao Congresso Nacional no final de 2020, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) reduziu para apenas R$ 1,72 bilhão o orçamento da pasta em 2021.
Com isto, ações prioritárias de proteção ao meio ambiente ficaram inviabilizadas. De 2020 para 2021, por exemplo, o orçamento destinado às unidades de conservação despencaram de R$ 209 milhões para R$ 131 milhões (ou 37% a menos).
Não foi à toa que a destruição de florestas, do patrimônio genético e da biodiversidade bateu recordes no Brasil, sob o governo Bolsonaro. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) publicados em dezembro de 2020 já mostravam que a taxa de corte raso na floresta, entre 1º de agosto de 2019 e 31 de julho de 2020, havia sido de 11.
088 km².