Faleceu nesta quinta-feira (30/6) o jornalista, escritor, compositor e professor Arthur Poerner (foto), um dos ícones da resistência à ditadura no Brasil e expoente das liberdades políticas e civis. Profissional de imprensa com grande experiência e cultura, Arthur Poerner iniciou sua carreira em 1962, como repórter do Jornal do Comércio, no Rio de Janeiro.
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Naquele mesmo ano, foi redator da Standard Propaganda e, em 1963, do Correio da Manhã. Também trabalhou como articulista da revista Civilização Brasileira e como diretor da Folha da Semana – semanário do Partido Comunista Brasileiro.
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Poerner passou ainda pelas redações de veículos como Correio da Manhã, Pasquim e Jornal do Brasil.

Após o golpe militar de 1964, Arthur Poerner foi um dos mais jovens brasileiros cassados pelo regime autoritário que então se instalava no país, perdendo seus direitos políticos por 10 anos.

Na década de 60, Poerner foi autor de dois importantes livros: ‘Argélia: o caminho da independência’, lançado em 1966, e ‘Poder Jovem’, de 1968, obra considerada até hoje como referência obrigatória sobre o movimento estudantil brasileiro.

Com a edição do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em dezembro de 1968, e a exemplo de vários outros jornalistas que faziam oposição à ditadura, Poerner teve cada vez mais dificuldades para exercer a profissão, sendo então preso em 1970, no DOI-CODI do Rio, de onde sairia para um exílio de quase 14 anos na Alemanha. Naquele país, contudo, Arthur Poerner engajou-se ativamente na campanha pela Anistia, além de trabalhar como correspondente da Tribuna da Imprensa, do Pasquim e da revista Isto É. Também atuou no programa de rádio ‘Voz da Alemanha’.
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Em 1976, lançou o livro Memórias do exílio, em Lisboa.

Com a redemocratização no Brasil, Arthur Poerner foi um dos fundadores do PDT. Posteriormente, filiou-se ao PT.

Arthur Poerner, presente!