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segunda-feira, abril 7, 2025
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No Dia Mundial da Saúde (7/4), governo Lula continua precarizando o SUS e fatiando hospitais federais

Nesta segunda-feira (7 de abril), comemora-se o Dia Mundial da Saúde. Criada em 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data tem por objetivo conscientizar governos e populações a respeito da necessidade de melhor qualidade de vida a partir dos diferentes fatores que afetam a saúde. A data foi estabelecida para coincidir com a de fundação da OMS, tendo sido comemorada, pela primeira vez, em 1950.

A cada ano, o Dia Mundial da Saúde possui um tema específico. O de 2025 é “Inícios Saudáveis, Futuros Esperançosos”, reforçando a importância de hábitos saudáveis para uma melhor qualidade de vida. A campanha incentivará governos e comunidades da saúde a ampliarem seus esforços visando reduzir a mortalidade materna e neonatal e priorizar a saúde e o bem-estar de longo prazo das mulheres. De sua parte, a OMS e seus parceiros vão compartilhar informações importantes para apoiar gestações e partos saudáveis e uma melhor saúde pós-natal.

Alguns dos temas adotados em anos anteriores, por ocasião do Dia Mundial da Saúde, foram: “Salvar vidas: hospitais seguros em situações de emergência”; “Hipertensão: conheça seus números”; “Do campo à mesa, obtendo alimentos seguros”; e “Saúde universal: para todos e todas, em todos os lugares”.

“Saúde é um estado de completo bem-estar”, diz OMS

Segundo a OMS, “a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. A saúde, portanto, deve ser tratada como um estado alcançado não apenas por meio do tratamento ou prevenção de doenças, mas, também, com uma boa qualidade de vida, o que significa bem-estar físico, mental e social, alimentação adequada, moradia, saneamento básico, meio ambiente equilibrado, trabalho, renda, educação, atividades físicas, transporte, lazer e acesso a bens e serviços essenciais. Benefícios que, infelizmente, ainda estão muito longe de serem plena realidade para a maioria da população brasileira. A mesma população que, todos os dias, pena para ser atendida nas unidades públicas de saúde municipais, estaduais e federais, de norte a sul do país.

Desde que foi criado por via da Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990, também conhecida como Lei Orgânica da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem sido lentamente desmontado pelos sucessivos governos brasileiros, incluindo o atual. E uma das políticas que mais contribuem para tal desmonte é a não realização de concursos públicos em níveis capazes de manter (ou mesmo ampliar) o quantitativo de profissionais de saúde necessários a um atendimento de qualidade nas unidades de baixa, média e alta complexidade. Problema que se agrava em face do já crônico desabastecimento nas redes de saúde.

Governo Lula (PT) aprofunda sucateamento do SUS

Sob o governo Lula (PT), o quadro vem piorando ainda mais na rede federal, onde o Ministério da Saúde iniciou, em 2024, um inaceitável fatiamento dos hospitais federais do Rio, com destaque para a municipalização do Cardoso Fontes e do Andaraí e a entrega do Hospital de Bonsucesso ao Grupo Conceição.

A total falta de compromisso do atual governo com a saúde da população brasileira foi recentemente comprovada por dados do Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), que este ano já registrou 5,7 milhões de pessoas à espera de uma consulta no SUS e outras 600 mil aguardando cirurgia. Para pacientes com patologias graves, como câncer, esta demora pode significar a diferença entre vida e morte.

“Infelizmente, a saúde pública no país está sendo destruída. Como profissional de saúde e sindicalista, acho que devemos reafirmar a nossa luta em defesa da saúde como direito universal da população. Por isso é necessário lutarmos sempre contra a privatização, pois saúde não é e não pode ser transformada em mercadoria. Saúde é direito fundamental a ser custeado pelos governos federal, estaduais e municipais”, criticou Maria Ivone Suppo, dirigente do Sindsprev/RJ lotada em Niterói.

Também dirigente do sindicato e presidente do Conselho Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Osvaldo Mendes reforçou as críticas. “A nossa saúde está longe de ser uma saúde de qualidade e excelência. No caso de algumas patologias, como câncer e tuberculose, é uma saúde que se arrasta ainda mais. No entanto, isto não é culpa dos profissionais nem dos usuários. Hoje, numa escala de zero a dez, eu daria apenas nota cinco para a saúde, que deixa muito a desejar”, concluiu.

 

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