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quinta-feira, novembro 21, 2024
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No Dia Internacional da Enfermagem, profissionais denunciam mortes causadas pelo descaso de governos

Profissionais de enfermagem realizaram, na última terça-feira (12), manifestações em homenagem aos colegas que morreram em decorrência da covid-19. Nos atos públicos, os profissionais também denunciaram suas péssimas condições de trabalho e reivindicaram o fornecimento regular de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), criticando ainda a omissão de governos e gestores na proteção de sua saúde.

No Rio de Janeiro, a manifestação foi em frente à Alerj, no Centro. Vestindo jalecos brancos e segurando cruzes simbolizando as perdas de vidas, os profissionais usaram máscaras com a frase: “Chega de mortes na enfermagem”. Ao final do ato, soltaram balões brancos.

Em Brasília, manifestação organizada pela Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) também denunciou as mortes de profissionais vítimas da covid-19. Diante da Esplanada dos Ministérios, nomes de profissionais foram projetados na parede do museu da capital federal. O ato se encerrou com uma salva de palmas.

Em Niterói, protesto organizado pelo Sintuff, com apoio da Regional do Sindsprev/RJ naquele município, lembrou as mortes das profissionais de enfermagem Inês Procópio, Luciana de Souza e Célia Bastos Pereira, cujas vidas foram recentemente ceifadas em decorrência da covid-19. Outros profissionais de saúde mortos em decorrência da covid-19 também foram homenageados. Os servidores reivindicaram testagem e EPIs para todos, defesa do SUS e contratação de mais profissionais. Durante a manifestação, estenderam uma faixa com os dizeres: “Coronavírus mata!

E os governos matam mais ao cortarem verbas da saúde”.

Segundo dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), 108 profissionais da categoria já perderam a vida durante a pandemia de covid-19.

Até o momento, 273 estão internados.

Manifesto contra fakenews sobre coronavírus

Nesta quarta-feira (13/5), manifesto publicado pelo Cofen nos principais jornais do país denunciou um outro tipo de epidemia: a epidemia de falsas notícias sobre o coronavírus, muitas delas prometendo remédios e curas milagrosas, sem qualquer base científica para tal. São fakenews divulgadas em redes sociais como Facebook, Twitter, listas de Whatsap e Instagram. Supostas ‘notícias’ que só contribuem para aumentar a confusão entre a população brasileira, induzindo milhares de pessoas de boa-fé a buscarem terapêuticas que podem comprometer sua saúde e suas vidas.

Em um de seus principais trechos, diz o manifesto: “o tsunami de conteúdo falso e enganoso sobre o coronavírus não é um surto isolado de desinformação e faz parte de uma praga mundial. No Facebook, vimos alegações de que o dióxido de cloro ajuda as pessoas sofrendo de autismo e câncer; que milhões de cidadãos dos EUA tinham sido infectados com o ‘vírus do câncer’ por meio da vacina contra a pólio; que o TDAH tinha sido ‘inventado pela grande indústria farmacêutica’. E a lista continua. Essas mentiras representam um problema sério, promovem curas falsas e incentivam o medo de vacinas e dos tratamentos eficazes”.

O texto termina com um pedido às grandes corporações de mídia internacionais no sentido de que tomem providências urgentes para evitar a disseminação de falsas informações sobre a pandemia da covida-19. A íntegra do manifesto do Cofen está disponível em: https://secure.avaaz.org/campaign/po/health_disinfo_letter/

Com 179 mil infectados e 12.500 mil mortes até o momento, o Brasil já ultrapassou a França em número de infectados pelo novo coronavírus, tornando-se o 6º país do mundo com mais casos, de acordo com levantamento feito pela universidade norte-americana Johns Hopkins.

No Estado do Rio, já são cerca de 18.494 infectados e 1.928 mortos. Considerando que no Brasil ainda não foi implementada a testagem em massa e que, por essa razão, é grande a subnotificação de casos, supõe-se que o número de casos seja muito maior.

Nesta terça-feira (12/5), Dia Internacional da Enfermagem, foi iniciada a 81ª Semana Brasileira de Enfermagem. Por ocasião do evento, o Sindsprev/RJ divulgou Nota Oficial, protestando contra as mortes de profissionais e cobrando medidas urgentes, de governos e gestores, no sentido de proteger a saúde dos trabalhadores e a de seus pacientes.

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