Os servidores das unidades federais de saúde do Rio fazem paralisação de 24h nesta terça-feira (26/3), com vigília a partir das 10h, em frente ao prédio do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) — Rua México, 128, Centro. As mobilizações desta terça (26) estavam inicialmente previstas para a última sexta (22), mas tiveram de ser remarcadas em função das fortes chuvas previstas para o Estado do Rio.
O objetivo da vigília desta terça-feira (26/3) é acompanhar a reunião de negociação entre uma comissão formada por sindicatos (Sindsprev/RJ e SindEnf-RJ) e a nova titular do DGH, Cida Diogo, que acontecerá no mesmo horário da manifestação.
Cida Diogo foi nomeada como nova titular do DGH após a exoneração de Alexandre Telles. Outro exonerado pelo Ministério da Saúde foi o então titular da Secretaria Especializada de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães.
As exonerações de Telles e Magalhães ocorreram após sucessivas mobilizações da rede federal organizadas pelo Sindsprev/RJ, que culminaram com reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, veiculada em 17 de março. Na reportagem foram comprovadas todas as denúncias de sucateamento apresentadas pelo Sindsprev/RJ, como falta de leitos, falta de insumos, falta de medicamentos, equipamentos quebrados, clínicas fechadas e insuficiência de recursos humanos na rede SUS do Ministério da Saúde.
Entre outros pontos, na reunião desta terça (26) com Cida Diogo os sindicatos vão reafirmar a urgência pelo atendimento das reivindicações emergenciais da rede federal, como renovação de 1.388 contratos temporários que vencem em maio próximo; reajuste salarial; cumprimento do acordo de greve; fim do desmonte; concurso público para recomposição das de recursos humanos nas unidades de saúde; carreira; suspensão de qualquer processo para entrega de hospitais e institutos à Ebserh ou à organização Rio Saúde; e pagamento integral do piso da enfermagem.
Especificamente sobre o piso da enfermagem, o assunto será analisado por um Grupo de Trabalho composto pelo Sindsprev/RJ, por representantes das unidades federais de saúde do Rio e do Ministério da Saúde. O objetivo é buscar uma solução que assegure o pagamento do piso em valores integrais.
