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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Nesta segunda (18/12), ato de desagravo à cantora Luciane Dom, vítima de racismo no aeroporto Santos Dumont

Com apoio de movimentos de luta contra o racismo, a Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ convida os servidores da seguridade e do seguro social a participarem de ato público nesta segunda-feira (18/12), a partir das 15h, no saguão principal do Aeroporto Santos Dumont (SDU). A manifestação será realizada em desagravo à cantora Luciane Dom. Na última quinta-feira (14/12), minutos antes de embarcar num voo para São Paulo, Luciane foi parada para uma revista. Segunda a cantora, uma funcionária do aeroporto lhe pediu para revistar seus cabelos, o que foi interpretado pela artista como um ato de racismo.

Em nota, a Infraero — empresa responsável pela gestão dos aeroportos brasileiros — afirmou que Luciane “foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual”. A Infraero, porém, nega que os cabelos da artista tenham sido revistados.

Por meio de sua conta no X (e-Twitter), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se manifestou sobre o caso, informando que sua pasta está se mobilizando para entender e acompanhar o ocorrido.

“Todos os dias, os negros e negras brasileiras passam por algum tipo de constrangimento em locais públicos, como agências bancárias, aeroportos, rodoviárias ou mesmo em qualquer rua das cidades brasileiras. O racismo está cada vez mais entranhado na formação social brasileira, que tem uma herança escravagista ainda muito presente”, afirmou Osvaldo Mendes, dirigente da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.

Luciane Dom nasceu em Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, e iniciou sua carreira musical em 2018. Formada em história pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a artista mostra o ensino teórico da história e da arte através da música. Seu álbum inaugural (‘Liberte esse Banzo’) foi lançado em 2018.

Em novembro deste ano, a histórica ex-porta-bandeira da Escola de Samba Portela, Vilma Nascimento, de 85 anos, também passou por constrangimentos e preconceito racial muito semelhantes aos sofridos por Luciane Dom. O caso em questão ocorreu no aeroporto de Brasília, após Vilma ter sido homenageada pela Câmara dos Deputados, por conta do Dia da Consciência Negra. Enquanto aguardava o embarque para o Rio de Janeiro em companhia da filha, Danielle Nascimento, Vilma decidiu comprar um refrigerante numa loja Duty Free Shop. Viu perfumes, saiu da loja sem comprar e, momentos depois, retornou para, então, comprar a bebida. Na volta, porém, Vilma foi abordada por uma segurança, que afirmou ser necessário revistar a sua bolsa.

A cantora Luciane Dom, que denuncia ter sofrido racismo no Aeroporto Santos Dumont. Foto: reprodução.

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