20 C
Rio de Janeiro
sábado, novembro 23, 2024
spot_img

Vergonha: assassinato de Marielle e Anderson completa 4 anos sem ser elucidado

Na segunda-feira (14/3), completaram-se 4 anos da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, brutalmente assassinados no dia 14 de março de 2018. Até hoje, no entanto, as circunstâncias do crime que chocou o país e repercutiu até no exterior ainda não foram elucidadas. Seus autores intelectuais (os verdadeiros mandantes) também não foram descobertos.

Organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional e a Justiça Global, protestaram contra a falta de respostas das autoridades policiais encarregadas das investigações. Além de uma missa em memória de Marielle e Anderson, manifestantes ergueram cartazes em frente ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), de Janeiro pedindo que as informações dos autos de investigação sobre os mandantes do assassinato sejam compartilhadas com os parentes dos dois.

A Anistia Internacional Brasil preparou uma intervenção urbana com uma instalação de 2,5 metros de altura, em frente à Câmara dos Vereadores, na Cinelândia. No formato de um grande livro, a instalação simula o processo judicial ainda não concluído, destacando a falta de acesso das famílias das vítimas e seus advogados às informações.

Numa postagem no Twitter, a irmã de Marielle, Anielle Franco, questionou “por que as recomendações da Comissão Externa realizada no âmbito do Congresso Nacional no ano de 2018 ainda não foram implementadas?”. Na rede social, as hashtags #4AnosSemRespostas e #JustiçaPorMarielleEAnderson ficaram entre as mais mencionadas do país durante toda a segunda-feira (14/3), segundo noticiado pelo jornal O Globo.

Veja outras postagens sobre o caso Marielle, clicando nos links abaixo:

 

Mil dias sem punição

Homenagem a Marielle

“Infelizmente, mais um ano se passou sem que o brutal assassinato de Marielle e Anderson tenha sido elucidado. Marielle, mulher negra, homossexual, chegou ao parlamento como vereadora. Anderson, seu motorista, era negro, morador de favela. Por que o Estado brasileiro, que é o responsável por essas mortes, não tem interesse em apresentar os mandantes e executores do bárbaro crime? Lembro que o Brasil foi o último país a abolir a escravidão, um país que vê negros e negras como seus inimigos, um país e um Estado onde a polícia é seu braço armado. Um Estado homofóbico, racista e sexista”, afirmou Osvaldo Mendes, dirigente da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.

 

NOticias Relacionadas

- Advertisement -spot_img

Noticias