Reunião do Grupo de Trabalho (GT) dos servidores da Vigilância em Saúde realizada na tarde desta quinta-feira (9/5), no auditório do Sindsprev/RJ, aprovou os seguintes encaminhamentos: lutar pela restauração da carreira da Saúde, Previdência e Trabalho (Seguridade Social); elaborar documento pleiteando mudanças de nomenclatura de Guardas e Agentes de Endemias para Técnicos de Vigilância em Saúde; formar comissão de representantes para conduzir em Brasília as negociações das pautas dos servidores; realização de caravana dos trabalhadores da Vigilância em Saúde do Rio para participar de atos e mobilizações dos servidores públicos federais no próximo dia 23 de maio, em Brasília; elaboração de plano de lutas dos servidores.
A aprovação dos indicativos foi precedida de intenso debate entre os servidores presentes ao GT, que destacaram pontos essenciais neste momento, começando pelos informes nacionais sobre as mobilizações do funcionalismo público federal.
“Infelizmente, até o momento o governo Lula (PT) continua com uma política de oferecer zero de reajuste este ano, o que é inaceitável para os trabalhadores. O governo apenas sinaliza com a possibilidade de conceder 9% de reajuste em 2025, o que está muito longe de reparar as perdas salariais. Na questão dos auxílios financeiros, a Fenasps continuará insistindo na extensão do reajuste aos aposentados. Além das reivindicações gerais, precisamos lutar por uma carreira específica. No caso das gratificações, o governo admite apenas a possibilidade de reajustar a Geace, mas nada está definido”, afirmou Pedro Lima, dirigente do Sindsprev/RJ e da Fenasps (federação nacional).
Após a apresentação dos informes gerais, os servidores destacaram de a Gacen e Gecen acompanharem os reajustes da Indenização de Campo. Quanto à discussão sobre carreira para os reintegrados da Funasa, os trabalhadores criticaram a proposta apresentada pelas assembleias da rede federal, que é a inclusão na carreira de Ciência e Tecnologia.
“Nós temos que brigar para reestruturar a carreira que nós temos, com tabelas similares às tabelas das carreiras já existentes, com valorização dos servidores, gratificação de qualificação. Para mim, é por esta reestruturação que os servidores dos hospitais federais também devem lutar, pois lutar pela reestruturação da nossa carreira é algo que unifica a nossa base. É ilusão acreditar numa carreira do SUS envolvendo estados e municípios”, pontuou o servidor Mardones da Costa. “É ilusão achar que o Ministério da Saúde vai incluir servidores na carreira da Ciência e Tecnologia. O máximo que o governo admite é discutir a implementação de um carreirão do SUS”, completou Octaciano Ramos (Piano), dirigente do Sindsprev/RJ.
No ponto de saúde do trabalhador, o servidor Marcos Rogerio, do Departamento de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do Sindsprev/RJ, destacou a importância de Nota Técnica produzida pelo Projeto Integrador Multicêntrico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nota Técnica que constatou o adoecimento do trabalho entre guardas e agentes de combate a endemias sujeitos a contaminação por inseticidas. Ele também aproveitou a ocasião para convidar os presentes a participar do lançamento do Observatório de Doenças Contagiosas no Trabalho, evento que acontecerá no próximo dia 27 de maio, das 9 às 12h, na Fiocruz.