Em depoimento nesta quinta-feira (13/5) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Genocídio, o gerente executivo da Pfizer para a América Latina, Carlos Murilo, confirmou que o governo Bolsonaro ignorou oferta de compra de vacinas, feita através de carta pela empresa em agosto de 2020.
A informação é pública, tendo sido publicada muitas vezes pela mídia comercial, mas foi confirmada oficialmente pelo ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, publicitário Fábio Wajngarten, em depoimento na véspera à CPI.
A carta ficou sem qualquer resposta formal até 9 de novembro, quando o próprio Wajngarten disse que tomou a iniciativa de fazer contato com o laboratório. A contratação das vacinas da Pfizer, no entanto, somente foi concretizada pelo governo Bolsonaro em março de 2021, o que permitiu que as vacinas só chegassem ao Brasil em abril de 2021. Paralelamente, Bolsonaro boicotou a compra de outras vacinas, o isolamento social e o uso de máscaras, aumentando o número de contaminados e mortos pela doença.
O presidente da República e seu governo defendem a tese da imunidade de rebanho, alcançada pela contaminação de 70% da população, dependendo, para isto, de não haver isolamento social, uso de máscara e vacinação em massa.
Esta tese é condenada pelas instituições científicas em todo o mundo e pela Organização Mundial de Saúde pelo seu caráter genocida.
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