As greves das categorias do funcionalismo público federal — incluindo a do INSS — precisam continuar e ser fortalecidas. Esta é a conclusão da Fenasps (federação nacional) e das entidades organizadas no Fonasefe. Conclusão reforçada sobretudo após a reunião ocorrida na última sexta-feira (1º de Abril), na Secretaria de Gestão de Pessoal do Ministério da Economia (SGP/ME), quando representantes do governo afirmaram “não haver nenhuma capacidade de negociar” o índice de 19,99% reivindicado pelos servidores para repor as perdas inflacionárias dos últimos três anos.
Em resposta, as entidades presentes, incluindo a Fenasps, rebateram com o argumento de que dinheiro o governo possui, uma vez que a Presidência da República cogitou conceder reajuste a um setor (segurança pública) que representa apenas 45 mil servidores, excluindo 1 milhão de trabalhadores do funcionalismo federal que já estão há mais de cinco anos sem correção nos salários. Segundo o governo, um possível reajuste estaria condicionado à aprovação do Projeto de Lei de Crédito Suplementar (PLN nº 01) pelo Congresso Nacional.
Para analisar a reunião no Ministério da Economia e passar os informes do Comando Nacional de Greve sobre a pauta do funcionalismo, a Fenasps realizou uma live na noite de sexta (1/4). Assista no link abaixo:
Assista ao vídeo da Fenasps e, em caso de dúvida, reporte-se ao Comando de Greve de seu estado.
Greve do INSS já acontece em 23 estados, incluindo o Rio de Janeiro
Iniciada em 23/3, a greve nacional dos servidores do INSS continua se fortalecendo. Com a adesão do Rio de Janeiro, na última quarta-feira (30/3), a greve já acontece em 23 estados, mais do Distrito Federal.
Sem prejuízo das mobilizações gerais do funcionalismo público federal, a Fenasps continua buscando abrir negociações junto ao novo presidente do INSS, Guilherme Serrano, e ao recém-empossado ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, para discussão das pautas específicas dos servidores da autarquia, que reivindicam valorização da carreira do seguro social, instalação efetiva do Comitê Gestor, melhorias nas condições de trabalho, manutenção do orçamento de R$ 1 bilhão para o INSS, realização de concurso público para recomposição da força de trabalho, pactuação de metas, tarefas e o custeio das despesas do teletrabalho, entre outros pontos.
A última quarta-feira (30/3) foi marcada pelas atividades do ‘Ocupa Brasília’, quando caravanas de servidores de vários estados brasileiros realizaram atos públicos na capital federal, em frente ao Ministério da Economia, para pressionar o governo a atender às reivindicações.
É hora de fortalecer ainda mais as greves e mobilizações do funcionalismo, para dobrar a resistência do governo Bolsonaro ao início de efetivas negociações.
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