A Fenasps e diversas entidades que compõem o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) protestaram, na última sexta-feira (30/4) — véspera do feriado do Dia do Trabalhador — contra a reforma administrativa (PEC 32) e os cortes de direitos dos trabalhadores brasileiros. Realizada na Esplanada dos Ministérios, a manifestação também prestou homenagem aos mais de 400 mil mortos pela covid-19 no país. Uma triste marca decorrente da irresponsabilidade e da negligência do governo Bolsonaro com a vida da população.
Durante a manifestação, os servidores reivindicaram pagamento de auxílio emergencial no valor mínimo de R$ 600, até o fim da pandemia, e aumento no atual ritmo de vacinação. “Estamos aqui para protestar contra esse governo genocida, a retirada de direitos e a PEC 32.
Queremos nossos direitos. Lutamos pelo pão e pela educação e vamos dizer: Fora Bolsonaro e Mourão!”, afirmou Laurizete Gusmão, dirigente da Fenasps.
Censura policial e arbítrio
Ao final do ato, estava previsto um momento em que vários balões seriam lançados ao céu, em uma homenagem às mais de 400 mil vítimas da Covid-19 no país.
Infelizmente, os organizadores foram surpreendidos com a ação da Polícia Militar, que, de forma absolutamente arbitrária, impediu que os balões fossem soltos, sem apresentar justificativa plausível.
Na mesma sexta-feira (30/4), a Fenasps enviou um ofício ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, solicitando providências, citando também o caso das prisões arbitrárias dos militantes Thiago Ávila e Rodrigo Pilha.
Este último, segundo denúncia da revista Fórum, teria sido torturado na prisão, fato que gerou grande indignação nas entidades sindicais e repercutiu inclusive na Câmara dos Deputados, cuja Comissão de Direitos Humanos solicitou imediata apuração das informações.
Rodrigo Pilha, preso em 18 de março junto de outros três manifestantes por estenderem uma faixa com os dizeres “Bolsonaro Genocida”, ainda não foi solto e cumpre prisão em regime semiaberto.
Movimentos sociais e demais organizações ainda estão na luta pela sua liberdade.