20 C
Rio de Janeiro
sábado, novembro 23, 2024
spot_img

Enfermagem volta às ruas pelo piso e marca novo ato unificado para a próxima sexta-feira (21/7)

Profissionais de enfermagem das redes federal, estadual e municipal do Rio fizeram, na manhã e início da tarde desta segunda-feira (17/7), mais uma manifestação unificada pelo pagamento imediato do piso salarial da categoria. Iniciado por volta de 10h30, o ato concentrou-se na entrada do Hospital Municipal Souza Aguiar (Campo de Santana), onde até as 11h30 os profissionais de enfermagem revezaram-se no carro de som para denunciar o desrespeito dos governos Lula, Claudio Castro e Eduardo Paes à lei que instituiu o piso.

Pouco antes de saírem em passeata rumo à Candelária, os profissionais de enfermagem do município do Rio e do Estado fizeram assembleias para decidir sobre suas formas de participação na greve por tempo indeterminado que começou no último dia 29 de junho. Os do município aprovaram por unanimidade a proposta feita pelo Sindicato dos Enfermeiros do Rio (SindEnf-RJ), de adotar uma nova proporção para participação na greve, sendo 30% do efetivo em plantão e 70% do efetivo liberados para aderir ao movimento.
online pharmacy purchase diflucan online best drugstore for you

No Estado, os profissionais da enfermagem estatutários, os vinculados à Fundação de Saúde do Rio e às organizações sociais também aprovaram adesão à greve.

Ato concentrou-se no Hospital Souza Aguiar, para seguir em passeata até a Candelária. Foto: Mayara Alves.

Como deliberação comum aos profissionais de enfermagem das redes federal, estadual e municipal, foi referendado indicativo de participar da reunião do Conselho Municipal de Saúde do Rio que acontece nesta terça-feira (18/7), a partir das 14h, na Prefeitura do Rio, Cidade Nova (rua Amoroso Lima, 15 – sala 649), quando será debatido o projeto de Eduardo Paes de entregar a gestão do Hospital Municipal Souza Aguiar a um consórcio privado. Outra deliberação foi realizar novo ato unificado na próxima sexta-feira (21/7), a partir das 11h, na entrada do Hospital Federal de Ipanema (HFI).

“Na prévia do contracheque deste mês, os servidores do Hospital Federal de Ipanema haviam sido descontados pelos dias de greve. Diante desta situação inaceitável, hoje conversamos com a direção-geral daquele hospital e a situação foi revertida. Não podemos aceitar tamanho desrespeito à nossa greve, que só acontece porque a lei do piso não está sendo respeitada pelo próprio Ministério da Saúde. A cada contracheque é uma esperança que não se concretiza.
online pharmacy purchase levaquin online best drugstore for you

Que nos paguem o piso, já”, afirmou Cristiane Gerardo, dirigente regional do Sindsprev/RJ.

Dirigentes do Sindsprev/RJ e de outros sindicatos da enfermagem aplaudem a manifestação pelo piso. Foto: Mayara Alves.

“Hoje estamos nas ruas para dar a necessária resposta ao secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, e ao prefeito Eduardo Paes, que foram eleitos pelo voto da enfermagem, mas não cumpriram as promessas feitas à nossa categoria, como o pagamento do piso e a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Também não aceitamos o assédio sobre os profissionais e a tentativa de privatizar o Hospital Souza Aguiar, onde os triênios dos servidores estão congelados desde 2021”, completou Marcos Schiavo, presidente do SindEnf-RJ.

Durante todo o trajeto pela Avenida Presidente Vargas, onde fecharam parte da pista da direita, em direção à Candelária, os profissionais de enfermagem mais uma vez pediram apoio da população carioca à luta pelo piso, lembrando o quanto foram sacrificados durante a pandemia de Covid, que matou mais de 700 mil brasileiros e também vitimou quase 5 mil trabalhadores da saúde. Outra situação lembrada pelos profissionais foi o feroz posicionamento contra o piso assumido pelas empresas privadas da área da saúde, que desde o início  judicializaram a questão no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ampliar a luta pelo piso e não aceitar mais adiamentos na sua implementação. É o desejo dos profissionais da enfermagem. Foto: Mayara Alves.

Presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Município do Rio de Janeiro (Satemrj), Miriam Lopes também fez duras críticas à Prefeitura. “Eduardo Paes diz que não está aí para agradar aos servidores, mas à população. O fato é que já passou da hora de aumentarmos a adesão à greve no município. Não eleição vamos tirar o Eduardo Paes da Prefeitura.
online pharmacy purchase lipitor online best drugstore for you

Presente ao ato da enfermagem, o vereador Paulo Pinheiro (PSB) manifestou total apoio aos profissionais. “Não é de agora que esta luta vem sendo realizada e por isso eu parabenizo os sindicatos e profissionais aqui presentes. Fico feliz de ver pessoas na rua brigando por uma saúde pública de qualidade. Neste final de semana, no PAM Irajá, profissionais de saúde foram agredidos por pacientes, numa cena lamentável. Profissionais que trabalham sobrecarregados porque existe insuficiência de recursos humanos na rede pública, e a Secretaria Municipal de Saúde tem que ser cobrada por isto. Queremos uma saúde com boas condições de trabalho e salários dignos”, disse ele.

Ministério da Saúde foi um dos principais alvos de críticas por se omitir na questão do piso. Foto: Mayara Alves.

“Não podemos deixar que o Hospital Souza Aguiar seja privatizado. Também temos que aumentar as mobilizações pelo piso. A ministra da saúde, Nisia Trindade, precisa de posicionar sobre o assunto e dizer se vai mesmo pagar o piso e realizar concurso”, frisou Maria Celina de Oliveira, dirigente do Sindsprev/RJ.

Petroleiro vinculado à empresa Transpetro, Leandro Lanfredi fez uma breve fala no carro de som para expressar seu apoio à luta pelo piso. “Nós petroleiros apoiamos a luta de vocês, da enfermagem, porque entendemos a importância da saúde pública. Somos contra as privatizações e sabemos que toda a classe trabalhadora será beneficiada se a enfermagem conquistar os seus direitos”, ressaltou.

Enfermagem exige ser valorizada por governos e empresas. Mobilizações vão continuar na próxima sexta (21). Foto: Mayara Alves.

Alvo de muita indignação dos profissionais de enfermagem, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio (Coren-RJ) também foi muito criticado por sua postura omissa e distante em relação à greve da categoria. Para o Coren-RJ, os profissionais inclusive cantaram o refrão: “alô Coren, pode esperar. A sua hora vai chegar”.

Na semana passada, o Ministério da Economia — com a lamentável conivência do Ministério da Saúde — praticou mais um duro golpe contra o piso da enfermagem, numa medida que vai prejudicar a maioria dos profissionais lotados na rede federal. Por meio da Mensagem nº 564804, orientou que os setores de Recursos Humanos (RH) do Ministério da Saúde paguem o piso da enfermagem proporcionalmente a uma jornada de 44 horas semanais, segundo a ação cautelar proferida pelo Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante o julgamento na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7.222. Assim, isto significa que, também na rede federal, os profissionais de enfermagem receberão o piso em valores muito inferiores aos estabelecidos na Lei nº 14.434 (Lei do Piso).

NOticias Relacionadas

- Advertisement -spot_img

Noticias