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sexta-feira, maio 3, 2024
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Enfermagem faz novo ato pelo piso, com passeata do Into até a Sul América Saúde (Cidade Nova)

“A nossa luta é todo dia. A enfermagem não é mercadoria”. Às 8h da manhã desta quinta-feira (27/7), em frente ao prédio do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), próximo à Rodoviária Novo Rio, profissionais de enfermagem das redes federal, estadual e municipal do Rio já se concentravam para mais um ato unificado pelo pagamento do piso salarial. Com faixas e falas criticando os governos Lula (PT), Claudio Castro (PL) e Eduardo Paes (PSD), os profissionais também manifestaram sua indignação contra as empresas privadas da área de saúde, que desde a promulgação da Lei nº 14.434 ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar o pagamento do piso.

“Exigimos o piso em valores integrais e sem estar atrelado à jornada de trabalho. Afinal, já fizemos muitas concessões e temos direito a uma remuneração digna. Agora precisamos reverter o equivocado parecer emitido pela Advocacia-Geral da União [AGU], a pedido do Ministério da Saúde. Queremos a revisão daquele parecer, que pode inviabilizar o recebimento do piso na rede federal”, afirmou Cristiane Gerardo, dirigente regional do Sindsprev/RJ que, na véspera, representou o sindicato durante reunião do Fórum Nacional da Enfermagem com a ministra da saúde, Nísia Trindade. Na ocasião, Nísia comprometeu-se a estudar uma possível revisão do parecer. “Se a ministra Nísia quiser mesmo pagar o nosso piso, ela terá que rapidamente fazer a revisão do parecer. Caso contrário, estará demonstrando que não quer pagar o piso”, frisou Cristiane.

Ato que começou no Into virou passeata até a sede da Sul América, onde patrões privados realizavam convenção. Luta pelo piso continua. Foto: Mayara Alves.

Também dirigente do Sindsprev/RJ, Sidney Castro fez um apelo às mobilizações. “Os profissionais de enfermagem precisam ter consciência e entender que o piso é mais do que justo. Não adianta a sociedade dizer que os profissionais de enfermagem são guerreiros se, ao mesmo tempo, esses profissionais não recebem o piso e não são reconhecidos. Não é justo que apenas um setor da enfermagem receba o piso, enquanto outros não recebam. Por isso é que não sairemos das ruas enquanto não nos pagarem o nosso direito, e tem que ser para todos os profissionais. A greve continua. Juntos somos fortes. É o Sindsprev/RJ na luta”, disse.

“Nosso objetivo é fazer com que o Ministério da Saúde possa verdadeiramente contemplar toda a classe da enfermagem, incluindo concursados e contratados. E que o prefeito Eduardo Paes e o governo do Estado também paguem o piso a seus profissionais.

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Queremos que toda a enfermagem tenha direito ao piso”, afirmou Líbia Bellusci, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio (SindEnf-RJ).

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“A nossa luta é todo dia. A enfermagem não é mercadoria”. Foto: Mayara Alves.

Às 8h40, os profissionais de enfermagem iniciaram uma passeata em direção ao prédio da Sul América Saúde, na Cidade Nova, onde estava sendo realizada a 14ª Convenção Brasileira de Hospitais, reunindo empresas privadas da saúde, as mesmas que patrocinaram uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF para barrar o piso. Durante o trajeto, que incluiu parte das avenidas Brasil e Francisco Bicalho, passando pelo Viaduto dos Pracinhas, os manifestantes lembraram os milhares de profissionais de enfermagem que morreram durante a pandemia de covid, nos setores público e privado. Também criticaram o prefeito Eduardo Paes (PSD) por judicializar a questão do piso e não ter implementado o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da saúde municipal, uma promessa de campanha.

Passeata descendo o viaduto dos pracinhas. Ao fundo, o prédio da Sul América Saúde, onde o ato da enfermagem foi concluído com protesto contra os patrões privados. Foto: Mayara Alves.

Descendo o Viaduto dos Pracinhas, a passeata passou em frente à Prefeitura do Rio, dobrando numa das ruas transversais para seguir em direção ao prédio da Sul América Saúde. “Não vamos confraternizar com os escravagistas do setor privado, que desde o início boicotaram o piso e estão com as mãos sujas do sangue de milhares de profissionais vitimados pela pandemia da covid. Se quiserem conversar com a enfermagem, terão primeiro que retirar a ação que colocaram no STF contra o nosso piso”, explicou Cristiane Gerardo, tendo ao fundo um coro de protesto: “rede privada, pode esperar, porque o piso você vai ter que pagar”.

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Ao chegarem ao prédio da Sul América, os manifestantes ocuparam a entrada principal do imóvel, abrindo suas faixas pelo pagamento do piso e gritando em uníssono: “o congresso [convenção de hospitais] acabou”. Um pouco mais afastada, a Polícia Militar observou toda a movimentação até o final do ato.

Ato da enfermagem realizado nesta quinta (27/7) teve críticas aos governos Lula, Claudio Castro e Eduardo Paes. Foto: Mayara Alves.

“A unidade é a coisa mais importante neste momento. A categoria precisa de valorização profissional, por isso é tão importante que todos os setores estejam juntos de verdade em todas as mobilizações. Continuaremos nas ruas até o pagamento do piso para todos. O governo federal deu um aceno apenas para os profissionais contratados, o que é insuficiente”, ressaltou Marcos Schiavo, presidente do SindEnf-RJ.

“Minha expectativa de conquistar o piso ainda é enorme, mas sei que depende dos governantes e parlamentares, que precisam ter boa-vontade e consideração conosco. Na rede federal nós trabalhamos 30h semanais, e por isso é absurdo atrelarem o piso à jornada”, afirmou Ronaldo Chagas, profissional de enfermagem lotado do Hospital Federal do Andaraí.

No próximo sábado (29/7), os profissionais de enfermagem do Rio completam um mês de greve pelo pagamento do piso. Antes da manifestação desta quinta (27), o ato mais recente aconteceu dia 21/7, em frente ao Hospital Federal de Ipanema (HFI), de onde os profissionais foram em passeata até a residência do secretário municipal de saúde, Daniel Soranz.

Protesto foi concluído em frente ao prédio da Sul América. Foto: Mayara Alves.

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