A descoberta de que o diretor do Hospital Cardoso Fontes, Gustavo Albino Pinto Magalhães, contratou a empresa Roll Service para reformar e tornar mais confortável o seu gabinete, inclusive com isolamento acústico, causou a indignação dos profissionais que trabalham na unidade. A iniciativa é um verdadeiro escárnio com os servidores e a população, já que foi tomada com o hospital à beira de um colapso com falta de todo o tipo de material, inclusive itens básicos, como algodão, fralda, luvas, agulhas, cânulas, cateteres, drenos, formol, sapatilhas, sondas nasogástricas, soro fisiológico, avental descartável para cirurgias, dreno, extensor, fio de nylon, entre outros.
“Causou ao corpo profissional tamanha indignação a prioridade das alocação de recursos da unidade para o isolamento acústico duplo no gabinete da direção, quando a unidade passa por grave privação de materiais indispensáveis à plena efetividade dos serviços públicos oferecidos por este hospital, assim como temos atualmente vazamentos no CTI (Centro de Tratamento Intensivo), CME (Central de Material Especializado) e outras estruturas em debilidade de manutenção”, afirmou Christiane Gerardo, diretora da Regional Jacarepaguá do Sindsprev/R em documento enviado à Ouvidoria do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH).
Obra não é prioridade
No ofício a dirigente solicita que seja averiguado se a destinação dos recursos disponíveis para a manutenção do Cardoso Fontes está de acordo com os princípios de moralidade, economicidade e razoabilidade previstos na administração pública. “Outra peculiaridade que nos causa total estranheza é o isolamento acústico. O que ele (o diretor) precisa tratar em seu gabinete que não seja de domínio público? Acreditamos que este não seja o melhor modelo de gestão que, inclusive, depõe contra a história do hospital que sempre primou pela transparência e defesa dos serviço públicos”, disse.
Acrescentou que os profissionais da unidade esperam uma posição do Ministério da Saúde que corrija a decisão do gestor. “Sabemos que o comportamento do Gustavo não representa a visão do ministério. Justamente por isto esperamos que sejam tomadas as atitudes necessárias com a maior celeridade”, disse. Frisou que o Cardoso Fontes passou por seis anos de total desmonte e abandono, precisando que a verba de manutenção seja implementada na manutenção.
“Há setores com vazamentos, onde foram postos baldes para a contenção da chuva; há tomadas sem funcionar. A verba para a reforma do gabinete tinha que ser usada para garantir a qualidade de atendimento da população. O diretor não poderia entender como prioridade o gasto com obras de isolamento acústico na sua sala.
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Esperamos que a obra não seja autorizada, já que hoje os servidores estão tendo que pular baldes para trabalhar”, cobrou.
Em descompasso com DGH e Ministério
Gustavo Albino, bem como os demais diretores de hospitais federais, tomaram posse no dia 14 de abril, cerimônia da qual participaram, entre outras autoridades, a ministra da Saúde, Nísia Andrade, que deu posse, também, ao médico Alexandre Oliveira Tellesi como diretor do DGH, órgão responsável pela supervisão das gestões das unidades da rede federal no Rio de Janeiro.
Oliveira destacou durante a cerimônia que a prioridade seria tomar medidas urgentes para garantir um bom atendimento à população. Apresentou na ocasião um diagnóstico da situação encontrada pela atual gestão nos hospitais da rede federal.
“Uma das nossas primeiras ações no DGH foi a criação de uma comissão para realizar o diagnóstico das situações assistenciais e administrativas em que nós recebemos esses hospitais”, destacou Alexandre. Foram listadas as necessidades de obras estruturais, de compra e manutenção de equipamentos e, principalmente, da contratação de profissionais de saúde.
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O relatório apontou uma redução de 1639 servidores estatutários entre 2018 e 2023.
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E, segundo uma recomendação do Ministério Público em uma Ação Civil Pública (nº 0134561-30.2016.4025.101), a rede federal possui um déficit de 7002 profissionais.