Hoje, 19 de abril, é o Dia dos Povos Indígenas, data criada em 1943, durante o governo do Estado Novo, para supostamente “comemorar” e celebrar os povos indígenas do Brasil. Povos tão massacrados por séculos de colonização europeia responsável por um dos maiores genocídios e extermínios culturais da história da humanidade.
Cálculos de pesquisadores do Brasil e do exterior estimam que, em 1500, quando os portugueses aqui aportaram, o Brasil tinha uma população de aproximadamente 5 milhões de indígenas. Povos cujas tradições e culturas foram, paulatinamente, sendo atacadas, desvalorizadas e vilipendiadas, até que se chegasse ao ponto de sua extinção como etnias originárias.
Atualmente, por exemplo, calcula-se em 900 mil a população de indígenas existente no Brasil, incluindo seus descendentes. Indígenas que, sobretudo em regiões mais distantes, como a Amazônia, defrontam-se com as criminosas ações de grileiros, latifundiários, desmatadores e garimpeiros, como ocorrido recentemente na invasão de terras ianomâmis, entre outras barbaridades de repercussão internacional.
Que a data de 19 de abril seja cada vez mais usada para celebrar a diversidade das histórias e das culturas dos povos indígenas brasileiros. Mas que sirva também para combater preconceitos contra os indígenas e para estabelecer políticas públicas que garantam (de fato) os direitos dos povos originários.
Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ