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sábado, maio 4, 2024
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CPI pode concluir que genocídio pela covid-19 foi uma política posta em prática pelo governo Bolsonaro

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Genocídio ainda não tem pronto seu relatório final sobre as investigações a respeito das omissões e atos do governo Bolsonaro e sua consequência para o aumento do número de contaminados e mortos pela covid-19. Mas as declarações da cúpula da Comissão, a tomada de depoimentos, a quebra de sigilo e a farta documentação obtida deixam evidente que uma das conclusões (além da corrupção na compra de vacinas) é de que Bolsonaro colocou em prática uma política deliberada de negar a gravidade da pandemia, boicotando medidas de prevenção, inclusive a contratação de vacinas e orientando sem base científica a utilização de medicamentos como a ivermectina e a hidroxicloroquina, causando a disparada do número de contaminados e mortos, devendo o presidente ser indiciado pelo crime de genocídios sanitário, entre outros.

Mais que isto, as investigações apontam que Bolsonaro participava de um esquema nacional amplo, integrado por médicos hospitais privados, empresários e ministros de Estado, que ia além do chamado Gabinete Paralelo, órgão que funcionava de forma clandestina, sem constar do organograma do governo, com poderes acima dos do Ministério da Saúde. Para manter a economia funcionando, o Gabinete tomou decisões defendidas publicamente pelo presidente, como críticas ao isolamento social, uso de máscara e compra de vacinas.

O relatório deverá ser votado no dia 20 de outubro.

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O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou para a primeira semana deste mês os últimos depoimentos, entre eles, o de um médico que trabalhou na Prevent Senior. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que o relatório está quase finalizado. A Prevent é suspeita, em acordo com o Ministério da Economia, realizar experiências com pacientes tratados de forma precioce e de adulterar atestados de óbitos, mudando a causa da morte de covid-19 para outras doenças.

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Esquema nacional é desvendado na CPI

O esquema negacionista seria muito maior, com um intenso financiamento com verba pública e privada de mensagens maciças nas redes sociais, minimizando a necessidade dos cuidados e propagandeando a ideia de que a doença poderia ser evitar com o uso do chamado tratamento preventivo e precoce, o ‘kit covid’. O deputado bolsonarista Osmar Terra (MDB-RS) foi um dos principais articuladores deste movimento, devendo ser denunciado pela CPI. Previu que a pandemia chegaria, no máximo, a 800 mortes, atacou o isolamento, o uso de máscara, a contratação de imunizantes e defendeu o tratamento precoce.

Luciano Hang, empresário dono da empresa Havan, negou que fizesse parte do Gabinete Paralelo, mas foi desmentido por imagens obtidas pela CPI, de sua participação em reunião no Palácio do Planalto para discutir, extraoficialmente, ‘formas alternativas’ de combater a covid-19. Já o empresário bolsonarista e presidente do PTB de São Paulo, Otávio Fakhouri, admitiu ter financiado sites que propagandeavam afirmações falsas sobre a covid e contra a vacinação. Ele está sendo investigado, ainda, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo financiamento de fake News em relação à pandemia e defendendo o fechamento do STT e do Congresso Nacional.

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Cobaias

Para embasar as afirmações falsas de que o número de contaminados e mortos estava acima da realidade e justificar o tratamento precoce, pacientes foram usados como cobaias por hospitais do plano de saúde Prevent Senior. Pessoas diagnosticadas com covid-19 eram tratadas com hivermectina e hidroxicloroquina e ozonização, medidas sem base científica, o que foi denunciado pela advogada de médicos demitidos da Prevent Senior, Bruna Morato, em depoimento à CPI.

A advogada disse ainda que a diretoria da Prevent Senior atuava em conjunto com o Ministério da Economia, para justificar a manutenção do funcionamento normal da atividade econômica. Afirmou que havia um alinhamento de interesses entre o ministério e o plano de saúde para que não fosse necessário haver lockdowns no enfrentamento à pandemia.

Médicos que se negavam a prescrever o tratamento eram ameaçados, perseguidos e demitidos. Para reduzir o registo de casos, o atestado de óbito registrava outras doenças que não a covid como causa da morte. O que aconteceu com a mãe do empresário Luciano Hang, internada no hospital da Prevent Senior. Hang, no entanto, defendeu e elogiou o plano de saúde e classificou como ‘erro do plantonista’ a troca da caixa mortis.

Veja matéria sobre a conivência do Ministério da Economia na subnotificação de casos de covid, clicando no link abaixo:

Ministério da Economia pode estar envolvido em subnotificação

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