Divulgada na quarta-feira (12/5), a nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz aponta para ligeira redução nas taxas de mortalidade da doença nas últimas duas semanas. O número de óbitos, no entanto, permanece em um patamar alto – o maior desde a chegada do coronavírus ao Brasil.
Os pesquisadores do Observatório Fiocruz Covid-19 alertam que, diante do patamar epidêmico atual, uma nova explosão de casos de covid-19 será crítica.
Até o momento já foram notificadas mais de 420 mil mortes em todo o país.
“É fundamental o reforço das ações de vigilância em saúde para fazer a triagem de casos graves, o encaminhamento para serviços de saúde mais complexos, bem como a identificação e aconselhamento de contatos. Nesse sentido, a reorganização e ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos”, ressaltam.
As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS), entre os dias 3 e 10 de maio, apresentam sinalização de melhoria no quadro geral da pandemia. Na região Norte, o Acre e o Amazonas deixaram a zona de alerta da taxa de ocupação de leitos. No Sudeste, os estados de Minas Gerais e Espírito Santo saíram da zona de alerta crítico.
Na região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e o Distrito Federal apresentaram quedas no indicador superiores a nove pontos percentuais.
O Nordeste manteve relativa estabilidade, com alguma melhora do indicador no Maranhão e Ceará e permanência de cinco estados com taxas de 90% ou mais. No Sudeste, o Rio de Janeiro é atualmente o único que continua na zona crítica. Na Região Sul, o Rio Grande do Sul manteve a tendência de queda, se diferenciando ainda mais dos outros estados, que se mantiveram com taxas superiores a 90%.
Em relação aos casos de óbitos por Covid-19, foram registrados valores ainda altos, próximos à marca de 2,1 mil mortes diárias, com tendência de queda do número de casos a partir de abril. Foi verificada uma ligeira queda nas taxas de letalidade, que se encontravam na faixa de 2% no fim de 2020, chegando a um valor máximo em meados de março (4,5%) e caindo para 3,5%.