Em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, nesta segunda-feira (26/2), às 19 horas, parlamentares, representantes da Auditoria Cidadã da Dívida Pública e economistas do Dieese vão explicar detalhadamente a contraproposta dos servidores federais entregue ao governo Lula no dia 31 de janeiro como parte da campanha salarial da categoria. Para assistir e participar, basta acessar as redes virtuais do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe): no Youtube, @fonasefe; e Facebook, https://www.facebook.com/fonasefe.
Participam da live as deputadas federais Sâmia Bonfin (PSOL-SP), Erika Kokay (PT-SP), a coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, Maria Lúcia Fatorelli e os economistas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Mariel Angeli e Max Leno. Com o tema “O que os servidores estão reivindicando? O Brasil tem dinheiro?”, a transmissão ao vivo, além de explicar no que consiste a contraproposta, vai mostrar porque é viável o governo atendê-la.
Apresentada em 31 de janeiro desse ano a contraproposta visa a recomposição das perdas salariais pós-golpe e deverá receber uma resposta do Ministério da Gestão Inovação (MGI), no dia 28 de fevereiro, na retomada da Mesa Nacional de Negociação Permanente. No mesmo dia 28 estará acontecendo o Dia Nacional de Luta, Pressão e Mobilização, com atos e paralisações. A participação de todos os servidores na agenda é fundamental para uma resposta positiva do governo. A transmissão servirá para esquentar o clima.
Greve unificada
Como até aqui o governo tratou com descaso a minuta de reivindicações dos servidores federais, a bancada sindical que negocia em nome da categoria marcou de forma indicativa uma greve para o primeiro semestre deste ano. Já o indicativo da Federação Nacional (Fenasps), que está sendo debatido em assembleias de base em todo o país, é de greve a partir de abril. A proposta da federação já foi aprovada pelos servidores da rede federal de saúde.
O governo Lula, através do Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público (MGI), tem agido com extremo descaso com os servidores. A minuta de reivindicações da campanha salarial foi entregue em fevereiro de 2023. Durante todo o ano o governo enrolou nas rodadas da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP).
Só apresentou uma resposta, na verdade, uma migalha, em dezembro de 2023: zero por centro de reajuste em 2024, 4,5% de reajuste somente em 2025 e 2026, o que não repõe nem de longe as perdas salariais, acima de 49%, de 2010 a 2023. Em 31 de janeiro, a bancada sindical dos servidores (formada pelo Fonasefe, pelo Fórum da Carreiras Típicas de Estado – Fonacate- e centrais sindicais) apresentou uma contraproposta que prevê a criação de uma mesa especificamente para negociar as perdas salariais de 2010 a 2016; as perdas de 2016 a 2023, seriam divididas e pagas em 2024, 2025 e 2026. O governo alega não ter verba para atender os servidores.