A Comissão Parlamentar de Inquérito do Genocídio começou a funcionar na prática, nesta terça-feira (4/5), com a tomada de depoimentos como o do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a princípio, como testemunha. Apesar de ter participado do governo, tendo em seu histórico a articulação de ataques ao Sistema Único de Saúde (SUS), o que teve consequências negativas no combate à covid-19, Mandetta tem informações importantes para comprovar que Bolsonaro agiu de maneira deliberada para aumentar a contaminação pela covid-19.
Nelson Teich, que o substituiu, tinha também depoimento marcado para esta terça-feira.
Já o também ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello alegou não poder comparecer à CPI nesta quarta-feira (5/5), pois estava com suspeita de covid-19. A CPI ficou de consultar o Comando do Exército para levantar informações sobre o fato e se posicionar a respeito.
Os depoimentos poderão não apenas comprovar o comportamento deliberado de Bolsonaro de boicotar as normas de prevenção e não contratar a vacinação contra a doença, como trazer mais informações que poderão levar ao afastamento do presidente. O comportamento de Bolsonaro mostra que era sua intenção deixar livre a contaminação para não abrir mão do funcionamento, mesmo que precário da economia, o que acabou gerando a disparada do número de mortes.