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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Atos exigem punição para assassinos do congolês Moïses e fim do racismo no Brasil

Protestos contra o racismo e a xenofobia que levaram ao assassinato do jovem congolês Moïses Kabagambe foram realizados no último sábado (5/2) nas principais cidades do país. Os participantes cobraram punição para os assassinos que o imobilizaram, espancaram e mataram a pauladas no último dia 24. O rapaz foi agredido até a morte após ter cobrado dois dias de pagamento atrasado. O corpo foi achado amarrado em uma escada.

O protesto do Rio de Janeiro foi em frente ao quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca, onde Moïses foi assassinado. Começou pela manhã, às 9 horas. Em seguida foi feita uma passeata pela Avenida Lucio Costa.

Além do Rio de Janeiro, local do assassinato, houve atos em São Paulo, capital, no vão do Museu de Arte Moderna (Masp); em Salvador (BA), no Largo do Pelourinho; em Brasília, em frente ao Palácio do Itamaraty; em São Luiz (MA); no centro de Recife (PE); na Praça Sete, em Belo Horizonte (MG), seguindo em passeata até a Praça Raul Soares; no Centro Comercial de Natal (RN); em Porto Alegre (RS); na Praça da Mandioca em Cuiabá (MT); e, em Redenção, no Ceará.

Três agressores flagrados pelas imagens de uma câmera de segurança do Tropicália estão presos pelo crime. São eles: Fábio Pirineus da Silva, o “Belo”, que confessou que deu pauladas no congolês e estava escondido na casa de parentes no bairro de Paciência; Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o “Dezenove”, que admitiu ter participado das agressões; Brendon Alexander Luz da Silva, o “Tota”, que aparece nas imagens imobilizando Moïse no chão.

Punição

A Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ participou da organização do ato. “Muitas outras manifestações aconteceram no Brasil e também em outros países, uma prova da revolta contra um ato tão covarde que mostra de que forma o racismo estrutural e a xenofobia agem contra as pessoas negras, sobretudo os jovens”, afirmou o diretor da Secretaria, Osvaldo Mendes.

“É obrigação do Estado investigar os crimes que são vários, punir os culpados e reparar a família. Primeiro, o crime de homicídio, mas também de racismo e xenofobia e o crime de ódio. Estes atos foram importantes para não deixar mais este caso bárbaro passar impune e chamar a atenção da sociedade para a necessidade de tomar medidas efetivas para que crimes como este sejam punidos de forma exemplar e sobre a necessidade de pôr fim ao racismo estrutural”, disse.

Frisou que o racismo vem ceifando vidas, como aconteceu em 2 fevereiro, dias após a morte de Moïses, quando Durval Teofilo, um homem também negro, de 38 anos, foi assassinado a tiros pelo sargento da Marinha, Aurélio Alves Bezerra, no condomínio onde morava, em São Gonçalo (RJ). O militar alegou ter agido após confundir o morador, negro, com um ladrão. Para Osvaldo, foi mais um crime bárbaro tendo como causa o racismo. “O militar atirou três vezes, matando o Durval sem motivo”, afirmou.

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Também para Fabiana Teófilo, irmã da vítima, foi um crime motivado pelo racismo. “O que aconteceu foi uma covardia, porque meu irmão era trabalhador. Meu irmão nunca encostou em nada de ninguém, ele sempre saiu de casa cedo.

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Minha mãe criou três filhos sozinha e nenhum seguiu vida errada.

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Ele era o único irmão que eu tinha e acontece um negócio desses, ele tira a vida do meu irmão. Aí vai dizer que é legítima defesa? Não tem como, meu irmão não tinha arma, ele veio do trabalho”, defendeu Fabiana em entrevista à TV Globo, no Rio de Janeiro.

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