Em reunião com servidores do Hospital Eduardo Rabello ocorrida no último dia 4/2, o secretário estadual de saúde, Alexandre Chieppe, manifestou a disposição de formar uma comissão encarregada de apurar todas as denúncias de assédio moral encaminhadas pelos trabalhadores da unidade. Três dias após a reunião — em 7/2 —, uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde (SES) visitou o Hospital Eduardo Rabello, para supostamente apurar as reclamações dos servidores da unidade, que acusam gestores de praticarem assédio moral.

Uma nova reunião de Alexandre Chieppe com os servidores deverá acontecer nos próximos 15 dias. Segundo os servidores do hospital, os casos de assédio aumentaram bastante sobretudo após a Fundação Saúde do Rio ter assumido a gestão da unidade.

As denúncias de assédio no Eduardo Rabello também estão sendo investigadas pelo Ministério Público e pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Alerj). Prática covarde e ilegal, o assédio estaria sendo imposto através de desqualificações e xingamentos.

“Os trabalhadores e trabalhadoras do Hospital Eduardo Rabello não podem ser desrespeitados e tratados como lixo, ainda mais numa pandemia.

Não vamos aceitar que nenhum gestor assedie os trabalhadores.

Assédio, não”, afirmou Gilberto Mesquita, que integrou a comissão de servidores recebida dia 4/2 pelo secretário Alexandre Chieppe.

Segundo as denúncias dos servidores do hospital, no dia 30 de Janeiro (um domingo), os gestores citados teriam assediado os profissionais da enfermagem com gritos, ameaças e xingamentos, o que levou vários trabalhadores a passarem mal e necessitarem de atendimento médico.