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sábado, novembro 23, 2024
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Agressões a médica no PAM Irajá são resultado do sucateamento da saúde municipal do Rio

Na madrugada de 16 de julho, a médica Sandra Lúcia Bouyer Rodrigues foi agredida com socos e pontapés por dois pacientes (pai e filha) que tentavam furar a fila de atendimento durante o plantão do Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, também conhecido como PAM Irajá. Na ocasião, Sandra Boyer era a única médica presente porque seu colega de plantão havia passado mal e não pôde comparecer ao hospital naquela noite.

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No momento em que André Luiz do Nascimento Soares e sua filha, Samara Kiffini do Nascimento chegaram ao hospital e provocaram as agressões, a médica Sandra Bouyer tinha mais de 60 pacientes para atender. Como resultado da confusão provocada por André Luiz e Samara, uma paciente que estava internada em estado grave na sala vermelha ficou sem monitoramento, vindo a falecer.

“O que aconteceu no PAM Irajá foi o resultado do desmonte da saúde pública municipal do Rio, que há anos vem sendo negligenciada pelas sucessivas prefeituras. No dia das agressões, a médica Sandra estava sobrecarregada, o que aconteceria mesmo se o colega de plantão tivesse comparecido. A grande verdade é que falta concurso público e valorização do Sistema Único de Saúde em toda a rede municipal.

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Infelizmente, a Prefeitura do Rio quer entregar as unidades de saúde às famigeradas organizações sociais, o que é igual a privatização.

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Isto não pode mais continuar”, afirmou Sidney Castro, dirigente do Sindsprev/RJ. Segundo ele, o secretário municipal de saúde do Rio, Daniel Soranz, vem tentando responsabilizar os servidores do PAM Irajá pelo caos ocorrido na madrugada de 16 de julho. “O secretário tem como objetivo transferir as gestões das unidades públicas de saúde às organizações sociais. Por isto tenta culpar os trabalhadores pelos tumultos ocorridos naquele plantão”, frisou.

Após as agressões à médica Sandra Bouyer, os pacientes André Luiz do Nascimento Soares e Samara Kiffini foram presos e devem responder por dano ao patrimônio público e desacato. Os dois também podem ser responsabilizados pela morte da paciente idosa que não pôde ser devidamente socorrida por causa do tumulto que eles provocaram nas instalações do PAM Irajá.

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