Por meio da Portaria Conjunta nº 17, de 21 de maio de 2020, o presidente do INSS, Leonardo Rolim, prorrogou até 19 de junho a suspensão do atendimento presencial aos segurados em todas as agências do instituto. Também assinada pelo Secretário Especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, e pelo Secretário de Previdência do Ministério da Economia, Narlon Gutierre Nogueira, a Portaria nº 17 reafirma conteúdo da Portaria Conjunta nº 8.024, de março deste ano, que “dispõe sobre o atendimento aos segurados e beneficiários do INSS durante o período de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia do coronavírus (covid-19)”.
Em reunião com o presidente do INSS no dia 13/5, realizada por meio de canais remotos, a Fenasps (federação nacional) e a Comissão Nacional de Assistentes Sociais da Federação (Conasf) solicitaram a prorrogação do prazo para reabertura das agências do instituto, lembrando a gravidade da pandemia do novo coronavírus, que ainda se encontra em curva ascendente de contágios e mortes no Brasil. Na ocasião, as duas entidades lembraram que as agências do INSS são vetores de transmissão, com grande parte do público formado por grupos de risco, como idosos e portadores de comorbidades.
Com cerca de 376 mil casos já confirmados e quase 24 mil mortes, a covid-19 vem dobrando o número de óbitos a cada 10 dias, numa taxa de disseminação só superada pela dos Estados Unidos, país recordista mundial na doença.
Estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) divulgado nesta terça-feira (26) nos principais jornais do país indica que o Brasil pode ter sete vezes mais casos de contaminação pelo novo coronavírus do que os 376 mil confirmados oficialmente. O motivo é a subnotificação de casos, consequência da não realização de testagens em massa.
Em razão desses fatores, a manutenção (e o aprofundamento) das medidas de distanciamento social tem sido reafirmada e recomendada como a estratégia mais eficaz de evitar uma disparada ainda maior na disseminação da covid-19. A recomendação parte tanto de governos quanto de prestigiadas instituições de pesquisa, como UFRJ, Fundação Oswaldo Cruz e Instituto Butantã, entre outras.