Os servidores do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) realizaram uma assembleia, nesta terça-feira (15), na unidade, para debater a transição de carreira dos servidores dos hospitais federais para a área de Ciência e Tecnologia. Outro tema em destaque foi a discussão em torno da entrega do Instituto ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC), o que tem causado preocupação e insegurança entre os servidores devido à falta de transparência do governo federal. Christiane Gerardo, dirigente do Sindsprev/RJ, foi a mediadora da assembleia.
A assembleia ocorreu em um momento considerado difícil pelos servidores, no qual a terceirização e a municipalização de unidades da rede federal de saúde têm gerado aflição entre os trabalhadores da saúde. A PEC 19, a PEC 21 e o pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo também foram questões discutidas durante a assembleia.
Marta Meireles, dirigente do Sindsprev/RJ, criticou a forma como o governo federal conduz o processo de transposição para a carreira de Ciência e Tecnologia.
“Há um grande vazio de informações. O governo federal não trabalha de forma transparente. Existe uma preocupação com isso. Temos que focar na carreira, e é isso que o Sindsprev/RJ vai buscar para os servidores da rede federal”, frisou.
A dirigente anunciou uma mobilização no feriado do dia 1º de maio, na Cinelândia, com os servidores federais, visando a transição para a área de Ciência e Tecnologia.
“Estamos pedindo a mobilização de todos os servidores da rede, vestidos de branco, para pleitear junto ao governo federal essa transposição de carreira para a Ciência e Tecnologia”, comentou.

Clovis Alberto Neves, servidor e arquivista do Into, elogiou a iniciativa do Sindsprev/RJ com o que considerou um acolhimento aos servidores do instituto. Segundo ele, a falta de transparência durante a transição tem gerado muita insegurança entre os servidores.
“Não existe diálogo. A gente sabe que a rede federal tem problemas, mas deveria haver uma relação melhor com a classe trabalhadora. Nós que cuidamos da população em várias situações e sempre estivemos à frente nos hospitais. Deveríamos ter sido ouvidos nesse momento de transição. Mudança de gestão é bem-vinda desde que seja bem estruturada e articulada com a força de trabalho”, comentou.
O servidor ressaltou que a mobilização, neste momento, é fundamental para o futuro do servidor público.
“Devemos focar na resistência para não perder o que temos, além de fortalecer e transformar a realidade do serviço público”, apontou.