O Comando Nacional de Greve (CNG) da Fenasps reafirma a importância das mobilizações nos estados e da realização de assembleias nos locais de trabalho como meios de pressionar o governo Lula (PT) a abrir efetivos canais de negociação. O CNG-Fenasps considera essencial que, sobretudo neste momento, os servidores também convoquem os colegas do teletrabalho a participarem das atividades de mobilização e pressão sobre o governo.

O CNG reforça ainda o apelo para que os sindicatos filiados à Fenasps, na medida do possível, enviem caravanas a Brasília para pressionar o governo.

Iniciada em 16 de julho, a greve nacional do INSS não teve ainda o desfecho esperado pela maioria dos servidores da autarquia, que foram traídos por duas entidades pelegas — Condsef e CNTSS — signatárias de uma proposta de “acordo” rebaixada e sem qualquer respaldo entre os trabalhadores do Seguro Social.

Governo amigo dos patrões e inimigo dos trabalhadores do Seguro Social, a administração de Lula (PT) despreza o INSS e os milhões de segurados que dependem da autarquia em todo o país. Tanto é assim que, durante a greve, o burocrata Alessandro Stefanutto — que infelizmente ocupa a presidência do INSS — ameaçou cortar o ponto dos trabalhadores da autarquia, numa atitude autoritária e típica de governos de extrema direita.

A postura lamentável do atual governo em relação à greve do INSS deve servir de alerta para que os trabalhadores do Seguro Social não cultivem mais ilusões quanto aos reais propósitos de Lula e sua temerária gestão. Trata-se de um governo já ganho ideologicamente para o projeto neoliberal de destruição e privatização de todos os serviços públicos brasileiros. Um governo demagogo e dissimulado no mais alto grau.