Dados levantados pelo primeiro censo quilombola da história realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) apontam que esta população é composta por 1.327.802 pessoas quilombolas registradas no país, das quais cerca de 90% ainda vivem em comunidades que não foram tituladas. Ou seja: a titulação ainda não atingiu nem 10% do total de territórios. De acordo com o IBGE, quilombolas são os grupos étnicos “com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão historicamente sofrida”.
Divulgado na última quinta-feira (27/7) e publicado pelo portal de notícias Repórter Brasil, o inédito levantamento produzido pelo IBGE começa a fazer um desenho desta parcela da população que representa 0,65% dos brasileiros e brasileiras na atualidade. Segundo o IBGE, a região Nordeste concentra 68% desta população, seguido por Sudeste (14%), Norte (12,5%), Centro-Oeste (3,5%) e Sul (2%). Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Pernambuco, nesta ordem, são os estados com mais pessoas quilombolas, representando 76,5% do total populacional. O polo oposto é o Rio Grande do Sul, onde a população quilombola corresponde a 0,16% dos residentes no estado.
Para obter a titulação dos territórios que ocupam, as populações quilombolas têm que primeiro fazer a chamada ‘declaração da área’, processo que infelizmente tem sido muito demorado em todo o Brasil.
online pharmacy purchase amoxil online best drugstore for you
Outra etapa a ser cumprida em busca da titulação definitiva é obter a certidão de autodefinição de remanescente junto à Fundação Cultural Palmares. Depois, é preciso requerer a abertura do processo de regularização junto ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) ou, em alguns estados, aos institutos estaduais de terras.
O processo de regularização é então iniciado, com a elaboração de uma série de estudos na área. A partir do levantamento de uma série de informações cartográficas, fundiárias, socioeconômicas e ambientais, o Incra elabora o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID). Importante destacar que o título da terra é sempre coletivo e emitido em nome da associação legalmente constituída para representar a comunidade.
O Censo do IBGE apontou que a titulação definitiva só foi conquistada por 147 territórios quilombolas do país, o que ainda é muito pouco.
Durante seu governo, Bolsonaro atacou ferozmente os quilombolas do Brasil, usando de deboches e outras artimanhas para expressar todo o ódio que ele sempre sentiu por essas populações.
“O processo de reconhecimento de terras ocupadas por populações quilombolas tem que ser acelerado.
online pharmacy purchase trazodone online best drugstore for you
Essas populações têm ligações não apenas econômicas, mas também culturais e simbólicas com os territórios nos quais vivem.
online pharmacy purchase priligy online best drugstore for you
É profundamente desrespeitoso que o Estado brasileiro continue em marcha lenta quando o assunto é titulação de territórios quilombolas. Afinal, os quilombos sempre foram parte dos movimentos de resistência à opressão, e hoje podem ser considerados parte do movimento por reparações históricas aos povos negros do Brasil”, explicou Osvaldo Mendes, dirigente da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ.