Como faz todos os anos, neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, o Sindsprev/RJ mais uma vez chama a atenção para a permanência de altíssimos índices de feminicídio no Brasil, onde os assassinatos de mulheres aumentaram 5% em 2022, na comparação com 2021.
É o que aponta levantamento divulgado pelo portal de notícias G1, com base em dados oficiais compilados e organizados pelos 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal. Segundo o referido levantamento, são 1,4 mil mulheres mortas pelo fato de serem mulheres – uma mulher assassinada a cada 6 horas, em média. É o maior (e mais escandaloso) índice de violência contra a mulher registrado no país desde que a lei de feminicídio entrou em vigor, em 2015.
Como se já não bastasse a discriminação sofrida diariamente pelas mulheres brasileiras no mercado de trabalho, onde sempre recebem os menores salários e são preteridas das melhores posições funcionais, a permanência de altíssimos índices de feminicídio mostra o quanto o Brasil, como formação social, ainda carrega grandes muitos resquícios de uma tradição misógina, preconceituosa, autoritária e racista.
O caso das mulheres negras e indígenas, por exemplo, é exemplar dessa triste realidade. Além de discriminadas por sua condição de mulheres, elas são ainda mais excluídas por sua cor de pele.
Por ter consciência desta triste realidade — e da necessidade de combatê-la — é que o Sindsprev/RJ possui uma Secretaria de Gênero, Raça e Etnia, por meio da qual expressa seus posicionamentos públicos e atua nas lutas e mobilizações cotidianas contra o racismo, o sexismo e todas as formas de discriminação.
Viva o 8 de março! Viva o Dia Internacional da Mulher!