Moradores do Centro do Rio e pacientes do extinto Hospital Central do Iaserj fazem neste sábado (16/7) uma nova manifestação para lembrar os 10 anos da criminosa demolição daquela unidade, promovida em 2012 pelo então governador Sergio Cabral Filho (PMDB), atualmente preso por corrupção em decorrência de 20 processos criminais.

Organizada pelo Movimento de Moradores e Usuários em Defesa do Iaserj (Mudi), com apoio do Sindsprev/RJ, a manifestação será realizada das 11 às 14h, na Praça da Cruz Vermelha, em frente ao Instituto Nacional do Câncer (Inca). Uma tenda será armada para coleta de um abaixo-assinado pedindo a reconstrução do Hospital do Iaserj demolido por Cabral em 2012.

Os manifestantes também vão distribuir uma carta à população, na qual denunciam as perdas decorrentes da demolição do hospital, que na época atendia a uma média de 10 mil pacientes ao mês.

Na carta, o MUDI lembra que a demolição do Iaserj provocou a perda, para a população carioca, de mais de 40 ambulatórios, serviço de pronto atendimento 24 horas, maternidade e 400 leitos, inclusive de CTI e tratamento de câncer. “Há dez anos o terreno cedido ao Inca para a construção de um centro de pesquisa está abandonado, com mato, trazendo doença à vizinhança com a proliferação de mosquitos e outros bichos peçonhentos. Logo, não havia urgência para o que fizeram”, diz trecho do documento será distribuído à população neste sábado (16/7), cobrando a anulação da cessão do terreno ao Inca e a imediata reconstrução do Hospital Central do Iaserj.

A obra que o Inca faria no terreno antes ocupado pelo Hospital Central do Iaserj acabou não acontecendo porque a empreiteira contratada para o trabalho passou a ser investigada pela Operação Lava Jato. Era acusada de participar de um esquema de propinas com verbas públicas. Por este motivo, ainda na fase de terraplanagem, o terreno foi abandonado.

Pela reconstrução imediata do Hospital Central do Iaserj.