Na tarde desta terça-feira (26/4), após manifestação dos servidores do INSS em frente ao prédio da Superintendência Regional Sudeste III do instituto (SR-III), na rua Pedro Lessa (Centro), uma comissão de representantes dos trabalhadores foi recebida pelo titular da SR-III, Caio Maia Figueiredo, para tratar das reivindicações da greve.
Logo na abertura da reunião, a comissão — composta por Paulo Américo Machado (Sindsprev/RJ), Pedro Lima (Sindsprev/RJ e Fenasps) e Camilo de Jesus (servidor do INSS) — frisou o quanto considera fundamental que Caio Figueiredo, na qualidade de gestor, leve os pleitos da categoria à administração central do INSS, em Brasília, como forma de pressionar pela abertura de efetivas negociações com os trabalhadores.
Em resposta, Caio Figueiredo assumiu o compromisso de, já nesta quarta-feira (27/4), encaminhar formalmente o pleito dos servidores a Brasília. Em relação a este ponto, o superintendente afirmou desconhecer a existência de ofício do Sindsprev/RJ, protocolado no último dia 13/4, junto à Superintendência, no qual o sindicato solicitou a reunião finalmente ocorrida nesta terça (26). Segundo Caio, o documento ainda não havia chegado a suas mãos.
Quanto ao interdito proibitório concedido pela Justiça ao INSS, como forma de “prevenir” uma suposta “ocupação” da Superintendência pelos servidores, Caio Figueiredo afirmou que a decisão baseou-se no ocorrido em São Paulo, onde na semana passada servidores da autarquia ocuparam a Superintendência naquele estado. O superintendente, no entanto, destacou que sua intenção é de que não haja mais necessidade de medidas semelhantes nem da presença de aparatos policiais nas próximas manifestações.
Sobre o corte de ponto e os consequentes descontos efetuados pelo INSS nos salários dos servidores, Caio Figueiredo respondeu que tal decisão não passou pelos setores de recursos humanos (RH), tendo sido tomada diretamente pela administração central.
A comissão reivindicou ainda uma solução para a jornada de trabalho dos(as) assistentes sociais, que reivindicam as 30h. O Sindsprev/RJ tem uma ação judicial em defesa dos trabalhadores, mas busca a possibilidade de uma solução administrativa.
Na reunião, além de Caio, o INSS foi representado por uma gerente, pela chefia de RH e pela assessoria de comunicação.
“Importante destacar o quanto a continuidade da greve e a realização da manifestação em frente à Pedro Lessa foram fundamentais para que fôssemos hoje recebidos pelo superintendente. A greve é legítima, como também são legítimas as reivindicações dos servidores, que lutam por reajuste de 19,99%, concurso, melhoria das condições de trabalho, valorização da carreira do seguro social”, avaliou Paulo Américo Machado.
Durante a manifestação na Pedro Lessa, os servidores criticaram o sucateamento do INSS e o que qualificaram de ‘medida autoritária’ tomada pela gestão da autarquia, em referência ao interdito proibitório. Os servidores receberam o apoio do vereador Lindbergh Farias (PT), que manifestou solidariedade à greve.
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Ato na Pedro Lessa, dia 13 de abril