Servidores públicos de Itaboraí protestaram, na última terça-feira (29/3), contra a postura da prefeitura do município, que ainda não respondeu objetivamente às reivindicações salariais dos trabalhadores. Realizada em frente à sede da administração municipal, a manifestação teve a participação de agentes comunitários de saúde (ACS), agentes de combate a endemias (ACE), servidores da educação e guardas municipais.

Em 1º de fevereiro deste ano, durante reunião com o secretário municipal de saúde, Sandro Ronquetti, representantes da Associação dos ACS, da Associação dos ACE e da Associação dos Profissionais do Programa Estratégia Saúde da Família rejeitaram a proposta inicial de reajuste limitado a 10%, formulada pelo município. Em resposta, após lembrarem que as perdas salariais dos trabalhadores já chegam a 50% e que as categorias estão há 6 anos sem reajuste, as associações propuseram a Ronquetti um reajuste de 20%, dividido em duas parcelas de 10%: a primeira em fevereiro, retroativa a 1º de Janeiro; e a segunda em junho, retroativa a 1º de Maio. Ronquetti então prometeu consultar outras instâncias do governo municipal e apresentar uma resposta, o que não ocorreu.

“Já se passaram quase dois meses daquela reunião de fevereiro, e até agora o município finge-se de morto, permanecendo sem dar qualquer satisfação aos trabalhadores. Em reuniões anteriores, realizadas no final de 2021, a nossa perda salarial de 50% foi inclusive reconhecida pelo vice-prefeito, Lourival Casula, e pelo próprio Sandro Ronquetti. Não vamos aceitar essa enrolação”, afirmou Carlos Albuquerque, da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde (AACS) do município.

Na próxima terça-feira (5/4), as entidades representativas dos servidores de Itaboraí reúnem-se para definir os próximos passos da mobilização.