Os profissionais da rede de saúde de Niterói fazem assembleia nesta segunda-feira (7/2), a partir das 15 horas, em frente à sede da Prefeitura da cidade. A concentração será a partir das 14 horas. Podem aprovar a deflagração de uma greve, com data a ser definida, caso o prefeito Axel Grael (PDT) não encaminhe para a aprovação da Câmara dos Vereadores projeto de lei prevendo a implantação da tabela salarial, com os novos valores da remuneração dos servidores.
O indicativo de greve foi aprovado em assembleia que aconteceu após uma manifestação em frente à Prefeitura, no último dia 31. A história da tabela salarial é longa, cheia de compromissos não cumpridos.
Foi elaborada e ficou pronta em 2014, sendo encaminhada para a Prefeitura. Somente em 2018, na gestão Rodrigo Neves (PV), a então secretária de Saúde, Maria Célia Valladares, encaminhou uma contraproposta com valores mais baixos.
Mesmo assim, acabou sendo aprovada na 8ª Conferência Municipal de Saúde e pelas assembleias dos servidores.
Na época secretário de Planejamento, Axel Grael considerou a tabela plenamente viável do ponto de vista econômico-financeiro.
Mesmo assim, a Prefeitura não enviou projeto de lei para a aprovação na Câmara dos Vereadores. Os servidores continuaram pressionando, com a realização de manifestações que se intensificaram e passaram a ser semanais, organizadas pela Associação de Servidores da Saúde de Niterói, com o apoio da Regional do Sindsprev/RJ.
Segundo José Ricardo Lessa, diretor da Associação, é preciso valorizar os profissionais de saúde, que, ainda mais agora na pandemia, mostraram a sua importância, ficando na linha de frente do atendimento aos contaminados pelo novo coronavírus. O dirigente disse ainda que outra reivindicação é a manutenção do emprego de 1.600 trabalhadores temporários do programa médicos da família cujos contratos vencem em 30 de março.
Outra reivindicação é a extensão do abono covid para todos os profissionais que trabalham para a Prefeitura e não apenas para os servidores estatutários.
O valor de janeiro foi pago agora em fevereiro, mas deixou de fora trabalhadores que também estão expostos à contaminação pela pandemia, como os contratados provisórios, os que trabalham como autônomos sem vínculo empregatício (RPA) e terceirizados.