O policial militar que aparece num vídeo divulgado nas redes sociais puxando um homem negro algemado a uma moto da corporação pode responder por crimes de tortura, racismo e abuso de autoridade. A avaliação é de um especialista em direitos humanos ouvido pelo portal de notícias G1. O caso ocorreu na tarde do dia 30/11, na Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, Zona Leste de São Paulo.
Por meio de nota, a Polícia Militar (PM) de São Paulo informou que abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso e que “repudia tal ato”.
O advogado Ariel de Castro Alves, membro do Grupo Tortura Nunca Mais, disse que o PM pode responder pelos crimes na Polícia Civil. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não revelou a identidade do homem puxado pelo PM.
Dirigente da Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev/RJ, o servidor Osvaldo Mendes repudiou o ocorrido. “O Estado nacional e seus representantes, como faziam no passado, produziam leis a favor da escravidão de seres humanos. Os capitães do mato caçavam aqueles negros que fugiam das senzalas. Negros que, ao serem pegos, eram amarrados à cela do cavalo e puxados. Foi o mesmo que aconteceu agora, nesse episódio repugnante ocorrido no estado de São Paulo. O que mudou?”, questiona ele.
Assista ao vídeo, clicando no link abaixo: