Em depoimento que desde a manhã desta quinta-feira (27/5) está prestando à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Genocídio no Senado Federal, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas (foto), disse que a entidade fez uma oferta de 100 milhões de doses da CoronaVac ao governo Jair Bolsonaro (sem partido), em outubro de 2020. Segundo ele, até então, não havia “resposta positiva” do Ministério da Saúde em relação às negociações para aquisição do imunizante desenvolvido em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
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Nesse mesmo período, e sem qualquer fundamentação científica, Bolsonaro contestou publicamente a eficácia da CoronaVac ao afirmar que não compraria o imunizante. Durante a audiência na CPI, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), exibiu o vídeo de uma live na qual Bolsonaro deu um recado ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB): ‘Arruma outro para pagar a sua vacina’.
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Segundo o depoimento de Covas, enquanto Bolsonaro manifestava publicamente sua resistência à CoronaVac, o Ministério da Saúde acabou por protelar as negociações com o Instituto Butantan e recusou uma sugestão de apoio financeiro — os recursos seriam utilizados para reformar uma fábrica destinada à produção própria do imunizante. “Em 7 de outubro, eu enviei novamente um ofício ao Ministério, historiando e ofertando 100 milhões de doses, sendo que, desses 100 milhões, 45 milhões seriam produzidas no Butantan até dezembro de 2020, 15 milhões de doses no final de fevereiro e 40 milhões adicionais até maio deste ano”, afirmou Covas.
Assista ao depoimento de Divas Covas, clicando aqui.